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O golpe custa caro até hoje

O golpe de 1964, que não foi um movimento apenas militar, mas uma orquestração conservadora com apoio social para destruir as representações populares e as conquistas democráticas dos anos que se seguiram ao segundo período de Getúlio Vargas, tem conseqüências nefastas até hoje. Para o professor de história e diretor do Instituto de Estudos Brasileiros István Jancsó, a “revolução” que completa 40 anos esta semana foi uma barbárie e sua “herança maldita” é o agravamento do atraso social e cultural. Também do Departamento de História da USP, a professora Maria Aparecida de Aquino compara o projeto do PTB do tempo do presidente João Goulart com o do PT e teme que, assim como a proposta trabalhista foi aniquilada, a do presidente Lula tenha o mesmo destino, mas por outras razões: abandono da plataforma política e denúncias de corrupção mal investigadas. “O abandono da plataforma do partido é visível a qualquer um”, analisa Maria Aparecida.

“Se o governo do PT não souber agir, poderá perder o capital político muito rapidamente, não só pelo desgaste natural que o poder acarreta, mas também pela forma como é exercido.” Uma série de livros recentemente lançados conta episódios e traça perfis de personagens do regime militar; entre outros, Castello — A marcha para a ditadura, de Lira Neto, e Jango, um perfil, de Marco Antonio Villa. Para driblar a censura da época, os artistas recorriam a fotografias, músicas e peças de teatro com mensagens simbólicas. E até ao riso, como no caso da estréia de Electra, quando agentes do Dops teriam entrado no teatro para prender o autor da peça, Sófocles, falecido no ano 406 antes de Cristo. especial>>



AMBIENTE

USP Recicla, dez anos depois
O USP Recicla, projeto da Cecae voltado para a educação ambiental, completa dez anos de atividades, disposto a ampliar a atuação e os vínculos com a comunidade. “Nossa meta, até o início do próximo semestre, é estender o trabalho para outros materiais recicláveis, além do papel”, informa Elisabete Teixeira Lima, educadora do programa. A abertura das comemorações dos dez anos será nesta terça-feira (30), na Escola Politécnica da USP.universidade>>


TERROR

A Europa está mais frágil
Analistas do cenário internacional acreditam que os atentados de 11 de março na Espanha expõem a fragilidade da Europa diante do terrorismo e criam uma nova ordem geopolítica. O sociólogo da USP Emir Sader considera estratégia fracassada a guerra contra o terrorismo, prioridade dos Estados Unidos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, e acredita que a derrota do primeiro-ministro espanhol José María Aznar é uma advertência aos presidentes da Itália e da França. Para Gunther Rudzit, do Naippe, “está se desenhando um combate do Ocidente contra o terrorismo radical islâmico”. Dessa posição discorda Maristela Basso, da Faculdade de Direito, para quem os terroristas não têm ideologia, têm metodologia. internacional>>

ENCONTRO

Educação, um debate mundial
De 1o a 4 de abril, realiza-se em São Paulo o Fórum Mundial de Educação, devendo reunir 232 entidades de vários países, que analisarão temas como “Educação como prática da liberdade”, “Identidade cultural e cidadania” e “Educação cidadã como direito social e humano”. O objetivo é propor alternativas à “educação neoliberal” hoje predominante, com vistas a um mundo melhor, segundo a professora Leny Magalhães Mrech, da Faculdade de Educação da USP. O fórum foi criado em janeiro de 2001, em Porto Alegre, durante o Fórum Social Mundial.universidade>>

 


VAMOS
em DESTAQUE
Só documentários
Nesta semana estréia o filme Fala tu e ainda está em cartaz o festival É Tudo Verdade, com destaque para a “4a Conferência Internacional do Documentário”, que tem como tema O Documentário
 
Exposições e especial
A Estação Ciência está inaugurando uma mostra permanente sobre o corpo humano. E um projeto inédito abre inscrições para aqueles que querem conhecer e participar da nova montagem de um artista, no caso Nuno Ramos.
 
Roteiro de cursos
Esta edição traz encontro sobre o Golpe de 64, curso que discute literatura e autoritarismo e também um fórum internacional sobre Diversidades e Direitos Culturais, do qual sairão propostas para o Fórum Universal das Culturas.
 
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