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Avansi, os santos de Mário e a Casa de Dona Yayá

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




T
odos estão convidados a participar da nossa 9a Semana de Arte e Cultura e a festejar os 70 Anos da USP, lembra Adilson Avansi de Abreu, pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP. “Todos os campi estão com uma programação aberta para a população em geral. Há exposições de arte, cinema, teatro, música, palestras sobre diversos temas, oficinas de dança, enfim, todo um movimento que, na verdade, já faz parte da rotina da capital e das cidades do interior onde a USP marca presença.”

A 9a Semana de Arte e Cultura é uma oportunidade a mais para a população conhecer a Universidade. “Todos esses eventos são realizados durante o ano inteiro, fazem parte da nossa rotina. Porém, são reunidos nesta programação especial que, a cada ano, se consolida como um grande painel no campo das atividades artísticas e culturais”, diz Avansi. Painel que, segundo o pró-reitor, está aí à disposição para ser descoberto e acompanhado continuamente nos museus, institutos especializados, unidades de ensino e pesquisa e demais órgãos da Universidade.

Uma análise retrospectiva das atividades realizadas no decorrer das semanas, desde a primeira edição, em 1996, e, particularmente da programação elaborada para o evento deste ano, evidencia o papel central que as atividades artísticas e culturais, em suas diferentes formas de manifestação, assumem no cotidiano da USP, acrescenta Avansi. “É de se destacar, ainda, como essas diferentes ações motivam, cada vez mais, um número crescente de pessoas a se integrar nos processos de produção e fruição dessas iniciativas”.

Boas novas

Entre as novidades deste ano, o professor Avansi destaca a atuação do Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP na Casa de Dona Yayá. “A USP agora está no bairro do Bexiga. E o mais importante: em uma casa que é importante para a história de São Paulo, que está sendo devidamente restaurada e preservada.”

Para comemorar a 9a Semana de Arte e Cultura, o CPC está apresentando a mostra “USP, 70 Anos ou +”, na Casa de Dona Yayá. Reúne fotos e desenhos que contam a história da construção da USP nos seus diversos campi. Através da diversidade das imagens, o visitante vai acompanhar as transformações destes 70 anos tanto nas técnicas construtivas como nas formas de representação do projeto de arquitetura e urbanismo. Pretende-se revelar também a crescente presença e inserção da USP nas cidades.

O primeiro módulo destaca os edifícios pertencentes à USP e que são bens tombados pelos órgãos oficiais de patrimônio cultural. A maior parte desses edifícios antecede à criação da Universidade, em 1934. O segundo painel apresenta os campi e destaca alguns edifícios projetados e construídos até o final dos anos 40. O terceiro módulo trata da construção do campus na Cidade Universitária, em São Paulo, e das várias intervenções ocorridas nos demais campi. Finaliza apresentando projetos que sinalizam a expansão e as perspectivas da USP.

Avansi faz questão de lembrar que a Casa de Dona Yayá está aberta para a visita da população. “A recepção é sempre agradável. Promovemos recitais com a participação dos corais, dos músicos e dos estudantes da USP. São audições que estão sendo muito apreciadas por esse bairro da Vai-Vai. Na hora em que elas acontecem, os sambistas dos bares próximos fazem uma pausa para ouvir os músicos da USP.”

Diálogo e integração

É exatamente esse diálogo e integração que a Semana de Arte e Cultura busca. “Daí estar oferecendo atividades que possam revelar os costumes e as tradições do povo brasileiro. E entre esses experts em observar a nossa cultura destaca-se o escritor, jornalista e colecionador Mário de Andrade”, observa o pró-reitor. Entre as preciosidades de sua coleção, o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), sob a curadoria da historiadora Marta Rossetti, apresenta uma exposição inusitada que reúne 236 peças, entre imagens religiosas católicas e afro-brasileiras, costumes e superstições populares, indumentária indígena e objetos do cotidiano, como cuias e cerâmicas.

Também o Museu de Arte Contemporânea (MAC) destaca, nesta Semana, a exposição “Arteconhecimento 70 Anos USP”. Apresenta cerca de 120 obras mais importantes de seu acervo. Entre os artistas brasileiros estão Tarsila do Amaral, Rego Monteiro, Anita Malfatti, Ismael Nery, Helio Oiticica, Antonio Bandeira, Nelson Leirner e Leonilson. Entre os artistas estrangeiros estão as obras de Chagall, Matisse, Picasso, De Chirico, Morandi, Modigliani e Kandinsky, com destaque para o gesso original da obra Formas Únicas da Continuidade no Espaço, de Boccioni e a série Códices Madrid, de Joseph Beuys.

Além de apresentar algumas das obras mais expressivas do acervo e suas interfaces com várias áreas do conhecimento, a exposição destaca a presença dos artistas da USP: professores, pesquisadores e alunos que também, através da arte, marcam a trajetória da Universidade. Nesse primeiro momento, homenageia Claudio Tozzi, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), e Carmela Gross e Regina Silveira, da Escola de Comunicações e Artes (ECA).
Nos campi de Bauru, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos, a 9a Semana de Arte e Cultura vem atraindo a população dessas cidades e regiões próximas. Em Bauru, por exemplo, os alunos dos cursos de Odontologia e Fonoaudiologia apresentam, no dia 23, o show “Prata da Casa”. Tem, ainda, a exposição “Sentimento e Arte”. Em Piracicaba, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) destaca o espetáculo “Forrobodó”, um drama musicado em três atos, com letra de Carlos Bittencourt e Luiz Peixoto e música de Chiquinha Gonzaga. A ação da peça ocorre durante uma soirée dançante, em que personagens pobres tentam imitar o comportamento da elite. Na versão do Coral Luiz de Queiroz, essa ação se passa na Fazenda São João da Montanha, hoje Esalq, no início do século 20.

Outra curiosidade é a visita ao Centro de Biologia Marinha (Cebimar), em São Sebastião, no litoral norte paulista. Através de um programa de visitas monitoradas, ensina para adultos e crianças a importância dos ecossistemas marinhos e costeiros e as agressões que têm sofrido pela ação do homem. O público pode tocar nos organismos vivos expostos nos tanques e aquários, enquanto ouvem as informações sobre seus hábitos alimentares e estratégias reprodutivas. Essas visitas acontecem nos dias 23, 24, 25 e 26, das 14h às 17 horas. Informações sobre visitas ao Cebimar podem ser obtidas pelo telefone (12) 3862-7149.


grande painel cultural

 




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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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