Companhia do Latão O grupo teatral comemora seus sete anos com programação especial: estréia de Visões siamesas, reestréia de três peças de seu repertório, lançamento de CD com músicas de seus
A nova montagem Visões siamesas, inspirada em conto de Machado de Assis
espetáculos e um ciclo de debates e palestras. Visões siamesas é livremente inspirada no conto As academias de Sião, de Machado de Assis. A encenação, irônica com ares orientais, mostra uma mulher que sonha com a presença salvadora do Rei do Sião ao ver sua vida se desagregar (em cartaz até 19 de dezembro, às sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h). A Companhia do Latão desenvolve em seus espetáculos uma reflexão crítica sobre a nossa sociedade. Em novembro e dezembro, ela remonta as peças também críticas O mercado do gozo, Auto dos bons tratos, Equívocos colecionados. A programação acontece no Teatro Sesc Anchieta (r. Dr. Vila Nova, 245, tel. 3234-3000). Os ingressos dos espetáculos custam de R$ 10,00 a R$ 20,00.

Histórias não oficiais de SP

Quatro peças compõem o Painel de histórias não oficiais de São Paulo, na Casa da Comédia. RG, de Evaldo Mocarzel, é baseada em entrevistas feitas em vídeo com moradores de rua da cidade (depoimentos que deram origem ao longa-metragem À margem da imagem, dirigido por Mocarzel) e mostra os problemas de um morador de rua ao perder seu RG. Essa peça, dirigida por José Renato, organizador do painel, fica em cartaz até este domingo, com apresentações quinta e sexta, às 21h, sábado, às 23h, e domingo, às 20h. Em seguida, durante os meses de novembro e dezembro, entram em cartaz as peças O monstro de Pirataraca, de Fábio Torres e direção de Erné Vaz Fregni; Galeria metrópole, de Mário Viana e direção de Paulo Capovilla; e Os arquivistas, de Wilson Fumoy e direção de Francarlos Reis. No Teatro dos Arcos (r. Jandaia, 218, Bela Vista, tel. 3101-7802). Ingressos: R$ 15,00.

	Olga Benário Além do longa-metragem de Jayme Monjardim, está em cartaz a peça Olga, com texto de Alessandra Cavagna e direção de Geraldo Fernandes. É um espetáculo biográfico sobre
Duas Olgas, uma vivendo a realidade e outra com suas memórias
Olga Benário, mulher de Luís Carlos Prestes, que foi deportada para a Alemanha nazista. Presa quando ainda estava grávida teve sua filha Anita em uma cela e foi morta em 1942 em uma câmara de gás, em Bernburg. No espetáculo, são duas protagonistas interpretadas pela própria autora e Telma Negro: a Olga/Realidade, que está presa em um campo de concentração, momentos antes de sua execução; e a Olga/Memória, fruto de suas recordações e alucinações. Em cartaz até 28 de novembro, sábados, às 18h30, e domingos, às 18h. No Estúdio Teatro X (r. Franklin Roosevelt, 124, Consolação, tel. 3255-2829). Ingressos: R$ 15,00.

Miss Cyclone

Texto inédito de Marta Góes sobre a vida na famosa garçonnière que Oswald de Andrade mantinha em São Paulo entre os anos de 1917 e 18. Cyclone é o pseudônimo que Maria de Lurdes Castro usava para assinar o livro de visitas da garçonnière, onde convivia com escritores como Monteiro Lobato, Guilherme de Almeida e alguns futuros participantes da Semana de 22. Normalista, filha de sitiantes que morava de favor na casa de parentes no Brás, morreu aos 19 anos por causa de um aborto malsucedido a que se submeteu por insistência de Oswald. Atormentado pela culpa, ele se casou com Cyclone no leito de morte. Os vestígios de sua existência estão registrados em um busto esculpido por Brecheret, nas memórias de Oswald e na edição fac-símile do diário da garçonnière, publicada em 1982. A leitura dramática, dirigida por Elias Andreato, acontece nesta quarta, às 20h, dentro do programa Dramaturgias do Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651).

Santa Luzia passou por aqui...

A montagem Santa Luzia passou por aqui com seu cavalinho comendo capim reestreou no novo espaço experimental do Teatro Popular do Sesi. Criada a partir de um processo colaborativo entre o grupo de atores, a peça é um ensaio contemporâneo sobre despedidas. Tudo aparece no texto de Newton Moreno e Antonio Rogério Toscano, as separações amorosas, os ritos de passagem, o desapego de valores, a busca de auto-conhecimento, as relações com a morte e a transitoriedade. A direção é de Georgette Fadel (USP). Em cartaz até 21 de novembro, de quinta a sábado, às 20h30, e domingos, às 19h30, no Mezanino do Centro Cultural Fiesp (av. Paulista, 1.313, tel. 3146-7405). A entrada é gratuita.

	Orlando Silva O musical Orlando Silva – O cantor das multidões, texto de Fátima Valença e Antonio De Bonis (que também dirige o espetáculo), fez grande sucesso no Rio de Janeiro e agora está em cartaz em São Paulo, no Sesc Vila Mariana. Tuca Andrada interpreta o ídolo do rádio que embalou o país com músicas como Carinhoso, Nada além e outros clássicos. Em apenas sete anos de carreira, Orlando
O cantor das multidões ganha musical com Tuca Andrada
Silva conheceu a ascensão, chegando a reunir 10 mi pessoas em praças públicas, e a queda, com o esquecimento desse mesmo público e o problema com as drogas e o álcool. No elenco ainda estão Inez Viana, Marcelo Vianna e Marcelo Caridade. Em cartaz até 19 de dezembro, sextas, às 21h, sábados em duas sessões às 18h e 21h, e domingos, às 18h. O Sesc fica na r. Pelotas, 141, tel. 5080-3000. Os ingressos custam R$ 30,00.

Bernard Shaw

Serão encenados seis textos do dramaturgo irlandês, sendo que em cada um dos encontros duas companhias apresentam suas abordagens estéticas para diferentes cenas da mesma peça do autor, seguidas por uma apreciação conceitual da obra por um crítico. A programação desta semana traz Volta a Matusalém, com Parlapatões, Patifes e Paspalhões e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e apreciação de George Barcat (terça); Santa Joana, com Cia. São Jorge de Variedades e Bendita Trupe e apreciação de Maria Sílvia Betti (quarta). A programação continua em novembro com os textos Major Bárbara, Homem e super-homem, Pigmalião e A profissão da Sra. Warren. Moderação de Wellington Andrade. Sempre às 20h, no Sesc Vila Mariana (r. Pelotas, 141, tel. 5080-3000). Ingressos: R$ 5,00.