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Feminices: a vida aos 40

Do teatro para o cinema

Acaba de estrear em circuito comercial Feminices (2004), longa-metragem de Domingos de Oliveira. O filme é uma versão

em video digital da peça Confissões das Mulheres de 40, com texto de Clarice Niskier, e dirigida também por Oliveira. Quatro atrizes interpretam quatro atrizes que estão às voltas com a criação de um texto teatral sobre as intimidades das mulheres maduras. Ficção confunde-se com realidade nesta produção que traz situações de relacionamentos, confissões e complicações, quando as próprias autoras da peça se vêem com dúvidas sobre as angústias e descobertas que rondam as mulheres de 40.


 

 

Clássicos dos anos 60

Continuando a mostra Para Gostar de Cinema 2, que o Cinusp está promovendo sobre os clássicos dos anos 60, esta semana estão em cartaz mais dois filmes. De segunda a quarta, às 16h, Lolita (EUA, 1962), de Stanley Kubrick, conta a famosa história da menina que mexe com os pensamentos do hóspede de sua mãe, e às 19h, Uma mulher é uma mulher (França/Itália, 1961), de Jean-Luc Godard, que com uma narrativa inusitada e ágil, acompanha a vida de uma strip-teaser que oscila entre as investidas de dois homens. Na quinta e sexta, continuam os mesmos filmes, mas com horários invertidos. O Cinusp fica na r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540. Grátis.

 

 

 

O palco na Cinemateca

A partir de quarta até o dia 20 de março a Cinemateca exibe a mostra O Palco no Cinema, com 27 títulos entre adaptações cinematográficas de textos consagrados da dramaturgia e aqueles que tiveram como temática o teatro. Abrindo a mostra estão Tio Vânia em Nova York (Inglaterra/EUA, 1994), de Louis Malle, baseado na peça de Anton Tchekhov (14h20); O rei está vivo (Dinamarca/Suécia/EUA, 2000), de Kristian Levring (16h30); Os sete gatinhos (Brasil, 1980), de Neville D’Almeida, da obra de Nelson Rodrigues (18h35); e India song (França, 1975), da peça homônima de Marguerite Duras (20h45). Ainda entre os destaques, Othello, de Orson Welles, Édipo rei, de Pier Paolo Pasolini, Ópera do Malandro, de Ruy Guerra, e Dogville, de Lars von Trier. Também neste mês foi retomado o projeto de exibição permanente de curtas-metragens realizados em escolas de cinema brasileiras em sessões gratuitas, sempre às terças, às 18h, trazendo nesta semana filmes produzidos entre 2002 e 2003 na Faap. A Cinemateca fica no Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, tel. 5081-2954. Programação completa no www.cinema teca.com.br.

 

 

 

Programação CCSP

O Centro Cultural São Paulo está apresentando, até domingo, a mostra Bollywood Fica na Índia. São filmes produzidos na chamada Bollywood, que fica em Bombaim, capital de cinema da Índia. A mostra exibe filmes falados originalmente em hindi (idioma local), com legendas em espanhol. Com duas sessões diárias, os destaques são Garam Hawa (1973), de M.S. Sathyu, sobre um velho sapateiro islâmico imigrante (terça, às 20h); e Awara (1951), de Raj Kapoor, sobre um homem suspeito de assassinar um juiz e a bela advogada que vai defendê-lo (quarta, às 20h). Em uma sessão paralela, na terça, às 18h, o CCSP exibe o filme brasileiro Nina (2004), de Heitor Dhalia, em homenagem ao Dia da Mulher. E na programação de vídeos deste mês, Saco de Risadas, estão filmes como o brasileiro Marvada carne (1985), de André Klotzel e o italiano Parente é serpente (1992), de Mario Monicelli (sessões de quarta a sábado, às 14h). O CCSP fica na r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3277-3611. Programações completas no www.centrocultu ral.sp.gov.br. Grátis.

 

 

 


Marca de uma bala perdida na janela na
foto de Milton Machado

Detalhes da cidade

O trabalho do arquiteto Milton Machado (que já participou de duas Bienais) é sair andando

com sua máquina fotográfica pelas cidades – seja Londres, Nova York, Madri ou Rio de Janeiro – percebendo pontos em comum de coisas cotidianas aparentemente muito diferentes entre si. O resultado desse trabalho está exposto no Instituto Tomie Ohtake até 20 de abril na mostra “Sobre a Mobilidade”. Assim um automóvel Galaxie vira edifício, um buraco na rua pode ser o mapa do Brasil e uma marca de bala perdida na janela deflagra uma memória afetiva. São 17 séries de trabalho, algumas reunindo até 36 fotografias. O espectador pode percorrer a exposição munido de um texto escrito pelo próprio artista, que ficará à disposição dos visitantes. De terça a domingo, das 11h às 20h. O Instituto fica na av. Brig. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel. 2245-1900 (entrada pela r. Coropés). Grátis.

 

 

Prédio repleto de arte

A 14a edição do Projeto Nascente, criado em 1991 pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP para descobrir novos talentos estudantis da Universidade, já selecionou os trabalhos finalistas na categoria Artes Visuais. Eles estarão expostos no Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma) na mostra “Visualidade Nascente” a partir desta sexta junto a outras mostras individuais. De José Rezende com um trabalho realizado com camisas brancas e lençóis pendurados em cabos de aço, sobre ventiladores; dos mestrandos da ECA/USP, Eurico Lopes com a exposição “A Pintura e seus Limites”, e Ricardo Bezerra com “As Bordas da Pintura”; e de Rodrigo Matheus com “A Volta da Arquitetura”, na qual utiliza materiais de venda das construtoras imobiliárias para questionar o jogo publicitário que se faz com o sonho da casa própria. Em cartaz até 17 de abril, de segunda a sexta, das 12h às 21h, sábado e domingo, das 10h às 18h. O Ceuma fica r. Maria Antonia, 294, Vila Buarque, tel. 3237-1815. Entrada franca.

 

 

 

Arthur Piza

A partir de quarta será aberta ao público a exposição “Paraíso, desenhos inéditos de Arthur Piza”, no Instituto Moreira Salles. São centenas de trabalhos do artista brasileiro, radicado em Paris há mais de cinco décadas, onde construiu sua carreira de gravador, um dos maiores de sua geração. Foi lá que conheceu os moleskines, espécie de caderneta de anotações utilizada nos últimos dois séculos por artistas e intelectuais europeus, e passou a desenhar todos os dias como se fosse um diário. Na mostra, estão reproduções desses desenhos feitos em cinco cadernos, “uma das mais corajosas confissões pessoais da arte contemporânea no Brasil”, como diz Antonio Fernando De Franceschi no catálogo da exposição. Realizados a partir de janeiro de 2000, os trabalhos têm como característica uma figuração surrealista. Até 15 de maio, de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados e domingos, das 13h às 18h, no IMS (r. Piauí, 844, 1o andar, tel. 3825-2560). Entrada franca.

 

 

 


Fala Tu, documentário sobre a vida
de moradores da favela
Ciclo brasileiro

Comemorando os cinco anos de existência, o Cine Arte Lilian Lemmertz promove a partir desta terça até 10 de abril o Ciclo

Popular de Cinema Brasileiro, com 20 recentes produções nacionais. A cada semana, quatro filmes serão exibidos em horários diferentes. Desta terça até domingo, Barra 68 (2000), de Vladimir Carvalho, documentário sobre a invasão militar da Universidade de Brasília, em 1968 (às 15h); Uma vida em segredo (2002), de Suzana Amaral, ficção sobre uma menina de fazenda que tem que se adaptar à cidade (às 17h); Fala Tu (2004), documentário de Guilherme Coelho sobre a vida de três moradores de favelas cariocas, com vidas diferentes, mas que querem fazer do rap o seu ganha-pão (às 19h); e Glauber, o filme – Labirinto do Brasil (2003), também documentário, de Silvio Tendler, com depoimentos de contemporâneos e cenas inéditas de Glauber Rocha (às 21h). Os ingressos são populares – a preço único de R$ 2,00; no Cine Arte Lilian Lemmertz, que fica no Shopping Pompéia Nobre, r. Clélia, 33, tel. 3873-9817.

 

 




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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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