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Nogueira: dez anos muito produtivos

 


P
ropiciar ao cidadão o atendimento eficaz de suas necessidades, por meio de um processo de melhoria contínua e permanente dos serviços prestados, reduzir custos, aumentar a produtividade e sensibilizar as pessoas para a melhoria diária do trabalho. Esses são os objetivos do Programa de Qualidade e Produtividade da USP, que neste ano completa dez anos de implantação.

Para fazer uma avaliação dos dez anos de programa, será realizado o 12o Encontro de Qualidade e Produtividade da USP, nesta quarta-feira, dia 17, das 8h30 às 17h, no auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). O evento apresentará várias experiências, na USP e em outras instituições, que promoveram o aumento da qualidade e da produtividade. Neste ano, a novidade são a apresentação do Coral da Reitoria e, no hall do auditório, a exposição de monografias dos grupos de funcionários que participaram do curso de MBA da Qualidade, promovido pela Escola Politécnica e pela FEA. O encontro terá transmissão via Internet, no endereço www.emm.usp.br/vivo-reitoria.asx.

Longa existência

O Programa de Qualidade e Produtividade da USP foi instituído em 1996, como decorrência do decreto número 40.536, de 12 de dezembro de 1995, do então governador Mário Covas. Pelo decreto, todos os órgãos estaduais passariam a contar com o seu programa de qualidade e produtividade. Na USP, a comissão para gestão do programa foi instituída pelo reitor Flávio Fava de Moraes, sendo nomeado para presidente o professor Hélio Nogueira da Cruz, que se mantém na função desde então. “São dez anos de programa, coincidindo com o final da gestão do professor Melfi. No encontro a Comissão para Gestão da Qualidade e Produtividade na USP vai apresentar um balanço do programa durante os dez anos e só por essa longa existência podemos dizer que é um sucesso”, diz o professor.

Segundo Hélio Nogueira, que também é vice-reitor da USP, o programa tem a cara da Universidade. “Somos uma instituição grande, com características muito complexas, com unidades, departamentos, campi do interior, cada um com suas próprias feições, mantendo características diferenciadas para cada grupo que acolhe. Temos uma postura de respeitar essas identidades dentro de um ambiente democrático, quer dizer, todo mundo dá palpite, defende suas características e a instituição respeita. É um processo que assume características particulares. Não pode ter um comitê central que manda em tudo. Tem que ser democrático, descentralizado, o que não quer dizer sem planejamento”, ressalta.

Essas características aparecem na história do programa, que deu origem a uma série de iniciativas – como o programa de aperfeiçoamento de recursos humanos, o apoio à infra-estrutura e a colaboração de parceiros externos – e contribuiu para que as unidades da USP dessem um salto de qualidade em suas atividades. Uma dessas unidades é a Editora da USP (Edusp), que fará uma apresentação durante o 12o Encontro. Palestrantes de várias universidades do Brasil e do exterior e de órgãos do governo estadual também deram sua contribuição para a história do programa.

Muitas iniciativas afinadas com as diretrizes do programa tornaram-se parceiras, como o USP Recicla, projeto de educação ambiental da Universidade. Já outras ganharam permanência e solidez, como o Grupo de Gestão Financeira e de Materiais (Gefim), o Programa de Uso Racional de Energia (Pure) e o Programa de Uso Racional da Água (Pura), que tiveram origem no Programa de Qualidade e Produtividade. “O Gefim, por exemplo, foi apoiado para realizar o primeiro encontro e hoje se encontra na quinta edição, com proposta de ser anual. Esse foi um caminho para que outros grupos se constituíssem, principalmente na área de pessoal que trabalha com recursos humanos, como o Gestão de Informática (Geinfo).” Outra iniciativa mencionada por Hélio Nogueira é o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP, que – através da Biblioteca da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – ganhou o Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão, em dezembro de 2003, financiado e apoiado pelo Programa de Qualidade e Produtividade. Também foram realizados onze encontros patrocinados pela Comissão para Gestão da Qualidade e Produtividade, produzidos mais de sete livretes e muitos cursos, inclusive o de nível MBA, patrocinado gratuitamente pela Escola Politécnica para os funcionários.

Outro exemplo que vale a pena mencionar é o USP em números. Um folheto que antes trazia dados quantitativos da USP em geral e, agora, apresenta todas as unidades em números. É possível encontrá-lo em português, francês, inglês e espanhol. Neste ano ele ganhou novo formato, apresentando os Indicadores Gerais da USP, focando também nos dados dos campi do interior. “São formas de divulgação e sistematização de como utilizar informações que têm tido uma boa acolhida por parte da comunidade”, diz Hélio Nogueira. “É um trabalho que tem nos dado muita satisfação.”

 


Edusp segue método dos 5S

Senso de organização (seiri), senso de arrumação (seiton), senso de limpeza (seiso), senso de padronização (seiketsu) e senso de disciplina (shitsuke) são os cinco sensos que fazem parte da nova metodologia de organização da Editora da USP (Edusp). Em busca da “qualidade total”, a Edusp vem implementando, desde dezembro de 2004, uma nova filosofia de trabalho através dos 5S – nome derivado de um modelo de organização japonês, que propõe bem-estar e otimização dos recursos. Esse modelo é baseado em cinco conceitos básicos e universais, que podem ser aplicados em qualquer ambiente.

Sem uma metodologia adequada e sem trabalho em equipe, muitos dos problemas do cotidiano, que a longo prazo podem minar a qualidade de vida no trabalho, são deixados de lado ou considerados “probleminhas”, alerta Marcos Bernardini, facilitador do programa. Ele afirma que, uma vez implementados, os conceitos dos 5S funcionam como “anticorpos” que provocam a reação dos funcionários e a busca por soluções, antes que se generalizem.

Bernardini conta que a Edusp tem o compromisso de aliar a qualidade na produção de livros a ótimas condições de trabalho. Com a nova proposta, foram realizados vários eventos – treinamento, trabalhos em equipe, palestras, publicação de folhetos – para explicar aos servidores da editora a dinâmica dos 5S.

Para Bernardini, as mudanças vêm acontecendo aos poucos, com algumas deficiências de recursos sanadas, uma melhor disposição das mesas no ambiente de trabalho e eliminação das impressoras individuais em prol de centros de impressão, provocando um benefício ecológico e financeiro. “Conseguimos um nível de consciência das pessoas em relação ao espaço de trabalho. Todo esse trabalho melhora a satisfação do funcionário e conseqüentemente ele atua com mais dedicação”, diz Bernardini. E acrescenta: “A próxima etapa a ser alcançada é padronizar os processos e procedimentos internos baseado na ISO 9000/2000.”


Bernardini, Cristina e Cínzia, da Edusp, responsáveis pela implantação do projeto 5S, que será relatada no encontro: em busca da “qualidade total”

 

Dia de contar experiências

Esta é a programação completa do 12o Encontro de Qualidade e Produtividade da USP, que será realizado no dia 17 de agosto, no auditório
da FEA.

8h30. Recepção.

9h. “Uma década do Programa de Qualidade da USP”, com o professor Hélio Nogueira da Cruz, vice-reitor da USP e presidente da Comissão de Gestão de Qualidade e Produtividade
da USP.

9h15. “Programa de excelência na gestão da qualidade da Sabesp”, com Márcia Arce Parreira Martinelli, da Sabesp.

9h45. “Multiplicadores da qualidade no programa da Reitoria da USP”, com Maria Luiza Abrantes, da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo.

10h15. Intervalo.

10h45. “Implementação do Programa de Gestão no Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP”, com Adriana Ferrari, do Sibi.

11h15. “Gestão de documentos e gestão da qualidade”, com Johanna Wilhelmina, da Coordenadoria de Administração Geral (Codage) da USP.

11h45. Debates.

12h. Intervalo

14h. “Qualidade no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC)”, com o professor Plácido Zoega Taboas, do ICMC.

14h20. “Boa aula e bom dia-a-dia na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA)”, com Maria de Lourdes Medeiros, da FEA.

14h40. “Implementação dos 5S na Editora da USP (Edusp)”, com Marcos Bernardini, Cinzia Araújo e Ivete Silva, da Edusp.

15h. “Plano participativo no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG)”, com os professores Marcia Ernesto e Jacques Raymond Daniel Lépine, do IAG.

15h20. Intervalo e apresentação do Grupo Coral da Reitoria.

15h50. “A ginástica laboral no Programa de Qualidade da USP”, com Patrícia Sakai e Christian Klausener, do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp).

16h10. Debates.

16h30. Entrega de Diploma de Reconhecimento – Destaques na Qualidade USP.

17h. Encerramento

 

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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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