Nikos
Economopoulos fotografou a produção de arroz na
China, que deve ter redução de 1/5 de sua produção
até 2080; Bruce Gilden mostra como o México pretende
reduzir os poluentes com ônibus movidos a gás e
faixas exclusivas |
Mudanças
climáticas
Dez
renomados fotógrafos do mundo capturaram imagens de
dez países em vários pontos do globo para ilustrar
não apenas os impactos das mudanças climáticas,
mas também as soluções que estão
sendo implementadas para reduzir as emissões de carbono.
São imagens surpreendentes, como as inclinações
na espessura da capa de gelo do ártico, recuos observados
nas geleiras,
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qualidade
do ar nas cidades, caminhando para projetos inovadores da adaptação
a essas mudanças com fotos que ilustram a eficiência
energética, energias renováveis ou tecnologias
de células combustíveis. Por exemplo, para reduzir
a emissão de poluentes no México, em que as pessoas
levam duas horas por dia para ir de suas casas, nos subúrbios,
para o trabalho, os ônibus movidos a diesel estão
sendo convertidos para gás, além de contar com
o planejamento de faixas exclusivas para o transporte coletivo
visando a encurtar as jornadas e encorajar um uso maior dos
transportes públicos. Já na China, onde ainda
hoje a colheita de arroz é feita sem utilização
de máquinas, relatórios recentes sugerem que a
mudança climática poderá causar uma redução
de 1/5 dessa produção até o ano de 2080.
A exposição NorthSouthEastWest
integrante do projeto ZeroCarbonCity e resultado de uma ampla
pesquisa foi inaugurada em Londres em março de
2005 e chega a São Paulo através do British Council,
responsável pela iniciativa ao lado do Climate Group;
depois segue para mais de 60 países. Em cartaz até
30 de setembro, na Estação Ciência (r. Guaicurus,
1.394, Lapa, tel. 3673-7022), que funciona de terça a
sexta, das 8h às 18h, sábados, das 13h às
18h, domingos e feriados (a partir deste mês passa a funcionar
em período integral também nos feriados), das
9h às 18h. Ingressos: R$ 2,00; professores, crianças
com menos de seis anos e pessoas com mais de 65 têm entrada
franca. |
Companheiras
de Quarto, de 1993, de Roy Lichtenstein |
Vida
Animada
Nesta
quarta, às 20h, será inaugurada a exposição
Vida Animada Desenhos de Roy Lichtenstein,
um mergulho na obra do artista, ícone na década
de 60 ao utilizar a Pop Art para discutir a cultura de massa
norte-americana. Essa primeira individual no País,
e na América do Sul, reúne 78 trabalhos provenientes
de coleções particulares, entre desenhos e colagens
da década de 60 a 90, mostrando diferentes períodos
de sua produção. A curadoria é de Lisa
|
Phillips,
diretora do New Museum of Contemporary Art, em Nova York, e,
segundo ela, o desenho sempre foi o ponto de partida da arte
de Lichtenstein, tendo em vista seu estilo baseado no cartum.
É uma maneira de descrever meus pensamentos o mais
rápido possível, dizia ele sobre seus desenhos.
Até 20 de novembro, de terça a domingo, das 11h
às 20h, no Instituto Tomie Ohtake (av. Brig. Faria Lima,
201, Pinheiros; entrada pela r. Coropés, 88). Informações
pelo tel. 2245.1900. |
Tabuletas,
2004, de Débora Bolsoni |
2a
Mostra do CCSP
Na
quarta, às 19h, será inaugurada a 2a Mostra
do Programa de Exposições 2005 do Centro Cultural
São Paulo, reunindo sete artistas dos 21 selecionados.
Destaque para
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Débora
Bolsoni, que apresenta Intervalo Conjugado, instalação
que reúne uma dupla de carrinhos porta-bobinas e ainda
trabalhos pintados diretamente no painel expositivo. Também
estão presentes objetos de C. L. Salvaro e de Nino Cais,
trabalhos de Chang Chi Chai (que escreve a palavra paz com pólvora
em diversas línguas), a instalação com
pinturas de Helen Faganello (da série pilhas de livros),
desenhos de Juliana Kase e as xilogravuras e vídeo de
Rosângela Dorazio. Em cartaz até 23 de outubro,
de terça a sexta, das 10h às 20h, sábado
das 10h às 18h, e domingo das 10h às 16h, com
entrada franca. O CCSP fica na r. Vergueiro, 1.000, Paraíso,
tel. 3277-3611. No mesmo dia e local também entra em
cartaz a exposição 60 Pós-60,
que reúne trabalhos de 60 artistas do acervo da Pinacoteca
Municipal, entre pinturas, gravuras, desenhos, fotografias,
objetos e esculturas, todos de fatura posterior aos anos 1960
(até 20 de novembro). |
Fim
de Romance
É
o título de uma tela de 1912 do acervo da Pinacoteca do Estado
pintada por Antônio Parreiras, e também nome da exposição
que reúne os artistas Olivier Menanteau e Christine Meisner.
O francês expõe um conjunto de fotografias, hoje incorporado
ao acervo do Musée des Beaux-Arts de Nantes, nas quais aborda
a dinâmica de grupos humanos, suas relações
hierárquicas e os jogos de forças tanto no espaço
social como nos locais de trabalho. Já a alemã apresenta
desenhos, vídeos e notas acerca de sua pesquisa sobre rotas
de escravatura e conseqüências atuais. A curadoria é
de Lisette Lagnado e Aurélie Guitton. A exposição
marca o início da colaboração entre a Pinacoteca,
o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, no Recife, e o
Musée des Beaux-Arts de Nantes, trazendo um programa de residência
de artistas e apresentações conjuntas de suas coleções.
Até 10 de outubro, de terça a domingo, das 10h às
18h, na Pinacoteca (Praça da Luz, 2, Centro, tel. 3229-9844).
Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00; grátis aos sábados.
Partindo
para o Brasil
Esse é o nome da exposição que inaugurou um
novo centro judaico em São Paulo, o Bait. Organizada em parceria
com o Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, Partindo
para o Brasil vai contar os 150 anos da história da
imigração judaica no País, desde a chegada
dos judeus da Alsácia (França) em Campinas em 1870
por conta da guerra Franco-prussiana, passando pela imigração
européia do início do século 20 e italiana
no fim da 2a Guerra Mundial e pós-guerra, até a imigração
dos egípcios e libaneses. São vitrines com livros
de registros de entrada dos imigrantes, passaportes, além
de depoimentos dos primeiros imigrantes vindos nos primeiros anos
do século 20, recolhidos pelo Núcleo de História
Oral do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro e interpretados
pelos artistas Miriam Mehler e Dan Stubalchr, e do vídeo
Irmãos de Navio. O Bait tem mais de 2 mil metros quadrados
e sua arquitetura é enriquecida com obras de importantes
artistas judeus como Lasar Segall, Renina Katz, Abraham Palatnick.
Está localizado na r. Baronesa de Itu, 438, Higienópolis.
A mostra fica em cartaz até outubro, de segunda a sexta e
no domingo, das 11h às 19h (sábado o prédio
é fechado), com entrada gratuita.
Paisagens
Plásticas e Sonoras
Continua
em cartaz Paisagens Plásticas e Sonoras, um dos
destaques da Mostra Mediterrâneo do Sesc. Está dividida
em dois blocos: o primeiro, no andar térreo, traz as obras
dos irmãos franceses Bernard e François Baschet, escultor
e engenheiro acústico, respectivamente, que na década
de 50 criaram as chamadas esculturas sonoras, e ainda do suíço
radicado no Brasil Walter Smetak; e no segundo, o núcleo
contemporâneo (no terceiro andar) apresenta obras dos músicos
brasileiros como Tom Zé, Fernando Sardo, Marccelo Petraglia,
Wilson Sukorski, Lívio Tragtenberg, Paulo Nenflídio
e do grupo Chelpa Ferro. A exposição resgata obras
que incorporam objetos sonoros e ainda traz performances com os
artistas (nesta quinta, às 20h, com Wilson Sukorski e Paulo
Nenflídio; e na próxima quinta, dia 29, também
às 20h, com Fernando Sardo). Até 2 de outubro, de
terça a sexta, das 7h às 22h, sábados, domingos
e feriados, das 10h às 19h, no Sesc Pinheiros (r. Paes Leme,
195, Pinheiros, tel. 3095-9400). Grátis, com retirada de
ingressos uma hora antes para as performances.
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