Parte
da obra de Carlo Sansolo e Erika Fraenkel, Jueguitos, está
em Vorazes, Grotescos e Malvados |
As
inquietações da arte contemporânea
Você
já perdeu o controle? Já reagiu de forma inesperada
diante de uma situação premeditada? Vorazes,
Grotescos e Malvados, a nova mostra que ocupa o Paço
das Artes a partir desta quinta, lança o desafio: tente
pensar
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na
realidade em que você vive; tente pensar sobre a lógica
do estranho: que atitude você escolheria? Irônica?
Carnavalesca? Contraditória?. Ao juntar artistas
que trazem em comum uma expressão voltada ao inconformismo,
manifestada principalmente na desorganização das
formas, a mostra, com curadoria de Chris Mello, pretende discutir
sobre um universo social, político e cultural de perda
de controle e precariedade. As vivências retratadas por
artistas como Carlo Sansolo, Erika Fraenkel, Dora Longo Bahia,
Luiz Duva e Marcelo Cidade vão desde violência
social e destruição da ética no campo político,
até crítica à falta de apoio às
políticas públicas em torno da arte contemporânea
no Brasil.
Dividindo a atenção dos visitantes, outras três
mostras abrem temporada no Paço, no mesmo dia. O Festival
de Arte Serrinha, que em seu quarto ano consecutivo reuniu,
em uma reserva ambiental do interior, artistas como Ronaldo
Fraga, Caio Reisewitz e Dudi Maia Rosa e o público
em geral, promove uma mistura de arte, música e educação.
As outras duas mostras dão continuidade à Temporada
de Projetos 2005: Marcellvs L. produziu uma video-instalação
em que uma figura humana traça deslocamentos: primeiro
por um rio e depois por uma estrada, desviando de carros e caminhões,
em clara referência ao cinema de Jean-Luc Godard; e a
fotógrafa Marga Puntel apresenta Narrativa Presença
Ausência, reunindo uma série de paisagens
que não trata apenas como registros, mas como possibilidades
de interferência artística aqui se utiliza
de tradições da pintura holandesa do século
17 para dialogar com o gênero fotográfico contemporâneo.
A abertura acontece nesta quinta, às 20h, e permanece
em exposição até 29 de outubro; de terça
a sexta, das 11h30 às 19h, sábados e domingos,
das 12h30 às 17h30. O Paço das Artes fica na av.
da Universidade, 1, Cidade Universitária, tel. 3813-3627.
Grátis. |
Objetos
e móveis estão na mostra do Museu Paulista
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Brincando
de Casinha
Será
inaugurada nesta segunda a exposição Brincando
de Casinha com Inah, no Museu Paulista (conhecido como
Museu do Ipiranga). A mostra é resultado da doação
que Inah Meirelles Faria Guimarães fez de bonecas e
brinquedos, e de
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uma
casinha especialmente construída para suas brincadeiras,
na cidade de Araras, interior de São Paulo, no final
dos anos 30.Todos os objetos da pequena casa também podem
ser vistos nas salas ambientadas do museu, como se fosse a antiga
residência daquela época a cozinha, a sala
de visitas e a sala de jantar com todos os móveis e objetos
utilizados. Ainda integra a mostra, jogos e brinquedos dos os
anos 1930/1940, para meninos e meninas, incluindo peças
do acervo do próprio museu, expostos pela primeira vez,
além de atividades lúdicas coordenadas pelo Serviço
Educativo do Museu Paulista, com pré-agendamento. Há
ainda um ciclo de palestras sobre a infância, programado
para a semana que vem. Organização das professoras
Eni de Mesquita Samara (diretora do museu), Heloísa Barbuy
(Exposição) e Denise Peixoto (Serviço Educativo).
Em cartaz até abril de 2006, com visitação
de terça a domingo, das 9h às 17h, no Museu Paulista
(Parque da Independência, s/no, Ipiranga, tel. 6165-8000).
Ingressos: R$ 2,00 (crianças de até 6 anos, idosos
e portadores de necessidades especiais não pagam); grátis
no terceiro domingo de cada mês. |
Misticismo,
bronzes e fotografias: tudo na Pinacoteca
A Pinacoteca
do Estado está com muitas inaugurações de mostras
em seu espaço. Recentemente mais três foram abertas.
Merece destaque o artista argentino de vanguarda, Oscar Agustín
Schulz Solari, mais conhecido como Xul Solar, que é homenageado
com uma retrospectiva. Contemporâneo das vanguardas artísticas
européias, Solar utilizou-se de traços do surrealismo,
cubismo e pop art para desenvolver uma arte própria. Em seus
quadros estão estudos de escrita, espaços e símbolos
religiosos, além de símbolos do zodíaco, da
mitologia egípcia, entre outros (até 30 de dezembro).
Recebe também uma retrospectiva o austríaco naturalizado
brasileiro, Francisco Stockinger, colega de Amílcar de Castro
e Sérgio Camargo. Será mostrada sua face mais celebrada,
a de escultor: são 60 peças em bronze, sobre famílias
de miseráveis nordestinos, mulheres longilíneas e
figuras em terracota (até 23 de outubro). E completando,
50 fotos de Ana Lucia Mariz retratam construções históricas
de São Paulo e Bahia, a maioria delas em retratos noturnos
(até 6 de novembro). A Pinacoteca fica na Praça da
Luz, 2, tel. 3229-9844, e funciona de terça a domingo, das
10h às 17h30. Ingressos a R$ 4,00, com meia-entrada, grátis
aos sábados.
Nas
estradas do País
Durante
seis meses, o fotógrafo Gabriel Corrêa decidiu viajar
para conhecer melhor o Brasil. Influenciado pelo livro Pé
na Estrada, de Jack Kerouac, ele utilizou-se de caronas para se
locomover, e de bancos de rodoviária ou casa de desconhecidos
para poder dormir. O resultado está agora exposto no Espaço
DÁvila, no Departamento de Jornalismo e Editoração
da Escola de Comunicações e Artes da USP. Na exposição
Pelo Brasil, de Passagem... pode-se ver desde um casal
namorando, com uma bela vista do Rio de Janeiro ao fundo, até
restos de um animal abandonado na beira de uma estrada qualquer,
sendo devorados por uma quantidade impressionante de vermes. Cada
registro traz uma nova visão do País. A mostra pode
ser vista até o final de outubro, de segunda a sexta, das
8h às 22h50, na av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues,
443, Bloco A, Cidade Universitária, tel. 3091-4112. Entrada
franca.
San
Nicola da Bari, séc. 17, de Francesco Solimena
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Arte
italiana e Brasil na 2a Guerra
Duas
mostras de arte entraram recentemente em cartaz no Museu de
Arte Brasileira da Faap. Obras Primas da Calábria
exibe cerca de 104 obras religiosas concebidas por artistas
italianos entre os séculos 14 e 20 trazidas
pela primeira vez ao Brasil, pelo Instituto Italiano di San
Paolo. Entre as obras estão pinturas, peças
de artes e esculturas em mármore e prata, na sua maioria
seguindo o estilo barroco, de artistas como Benedetto da Maiano,
Pietro Bernini e Giovan Battista Caraccicolo. A outra mostra
é
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sobre
A 2a Guerra Mundial O Brasil e Monte Castelo: Por
que? Como? Para que?. O episódio de Monte Castelo
invasão dessa parte da Itália pelos militares
brasileiros, já em fins da 2a Guerra Mundial serve
de gancho para expor acontecimentos políticos, sociais,
econômicos e culturais relacionados ao contexto da época.
A mostra foi montada em conjunto com o Exército Brasileiro,
que emprestou documentos e peças de acervos de diversos
museus militares, e com o Jornal do Brasil, responsável
pela pesquisa histórica. Em cartaz até 13 de novembro,
e 30 de outubro, respectivamente. Visitação de
terça a sexta, das 10h às 20h, sábados,
domingos e feriados, das 13h às 17h. O museu fica na
r. Alagoas, 903, Higienópolis, tel. 3662-1662. Grátis.
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Pelo
olhar de Alice Brill
A alemã
que chegou ao Brasil em 1934, e ficou conhecida como um dos principais
olhares femininos na fotografia, completa 85 anos e é homenageada
com a mostra O mundo de Alice Brill. Promovida pelo
Instituto Moreira Salles, detentor de todo o acervo de negativos
da fotógrafa, a mostra exibe cerca de 80 imagens. Os retratados
são índios Carajá no Mato Grosso, internos
de um hospital psiquiátrico, os artistas colegas do grupo
Santa Helena, entre outros. Também o mundo do trabalho, bairros
e monumentos foram clicados. O fotógrafo e professor da USP,
Boris Kossoy, no catálogo da exposição, afirma
que o trabalho de Alice é uma trajetória de
muitas direções, exemplificada por suas diferentes
experiências estéticas, estudadas em teoria, concretizadas
no fazer artístico, tornadas, depois, objetos de reflexão
crítica e filosófica. Em cartaz até 12
de fevereiro, de terça a sexta, das 13h às 19h, sábados
e domingos, das 13h às 18h, no IMS (r. Piauí, 844,
tel. 3825-2560); parte dos trabalhos está exposta também
na Galeria IMS (Unibanco Artiplex, no shopping Frei Caneca
r. Frei Caneca, 569, tel. 3255-8816), diariamente, das 12h às
22h. Ambas têm entrada franca.
60
anos de Brasil
Os
vencedores da quinta edição do Prêmio Porto
Seguro Fotografia exibem agora seus trabalhos na mostra 60
Anos... Brasil. Estão juntos Thomaz Farkas (categoria
prêmio especial), João Castilho, Pedro Davi e Pedro
Mota, integrantes do projeto coletivo Paisagem Submersa (categoria
Brasil) e Lucille Kanzawa (categoria revelação), entre
outros, incluindo trabalhos de 17 concorrentes selecionados. O tema
em comum é a preservação e documentação
do patrimônio nacional, e o resgate da identidade brasileira
nas últimas seis décadas. A mostra pode ser visitada
de terça a domingo, das 10h às 17h, no Espaço
Porto Seguro de Fotografia (al. Barão de Piracicaba, 740,
Campos Elísios, tel. 3366-8262), até 6 de novembro.
Entrada gratuita.
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