PROCURAR POR
  NESTA EDIÇÃO





Drenagem do rio Tietê

O rio Tietê e suas histórias

Todo mundo sabe dos problemas do rio Tietê, mas qual a sua história e importância? É isso que a exposição, que será inaugurada nesta terça na Estação Ciência, vai contar. O rio, o

mais extenso do Estado de São Paulo, que corta toda a capital, já serviu de caminho para os bandeirantes em busca de ouro e novas terras, e ainda hoje é utilizado como rio de navegação, alimentando usinas hidrelétricas que fornecem energia para todo o Estado. Sua poluição na faixa da Grande São Paulo é bem conhecida e vem de muito antes: os primeiros sinais apareceram em 1700, quando a exploração de ouro e ferro começou a causar variação na cor das águas; em 1930, cerca de 150 empresas jogavam lixo ali; e em 1950, as atividades esportivas tiveram que parar; na década de 70, a espuma invadiu o Tietê e o nível de oxigênio caiu para zero; e atualmente são despejados diariamente cerca de 134 toneladas de detritos. A mostra “Anhembi/Tietê, um rio de histórias”, produzida pela Faculdade de Saúde Pública da USP (onde fez temporada), é composta por painéis temáticos que tratam de assuntos como obras, barragens, enchentes e poluição, além de vitrines com objetos históricos e fotos da década de 40, documentando as obras de retificação do leito do Tietê no trecho da capital, e de estações de tratamento de águas e esgotos em afluentes do rio. Complementam a exposição, algumas amostras de água recolhidas em cidades pelas quais o rio passa, da nascente até a Grande São Paulo. Em cartaz até 17 de dezembro, de terça a sexta, das 8h às 18h, sábados, das 13h às 18h, e domingos e feriados, das 9h às 18h. A Estação Ciência fica na r. Guaicurus, 1.394, Lapa, tel. 3673-7022. Ingressos: R$ 2,00 (famílias até quatro pessoas R$ 5,00, acima de quatro, R$ 1,00 por pessoa); isenção para crianças até 6 anos, pessoas com mais de 60, professores, portadores de necessidades especiais e comunidade USP.

 

 

 


Intervenções plásticas

Carlos Zibel

O artista plástico e o Coletivo Casa Z apresentam a exposição “Articulando Direções”, com oito trabalhos de grande porte. Quatro deles em acrílico sobre painel MDF, intitulados Centro, expostos

sobre dois módulos no meio do salão, sofrem intervenção em grafite na abertura da mostra, nesta quinta; depois as pranchas serão deslocadas para as paredes, e as laterais centrais desses painéis espelhadas vão refletir tanto o espectador quanto as outras telas/direções. Nas obras, pintura em séries de intervenções, camadas plásticas, ícones e informações, fragmentos..., em que o artista busca incorporar leituras sobre a área social. Como ele mesmo diz, “ao artista, como antena do tempo, desdobrar-se em quatro direções não basta; ele se vê além”. A exposição fica em cartaz até 11 de dezembro, de terça a sexta, das 10h às 19h, e sábados e domingos, das 10h às 16h, com entrada franca, no Museu de Arte Contemporânea (MAC) Anexo (r. da Reitoria, 109A, Cidade Universitária). Mais informações pelo tel. 3091-3328.

 

 

 


A construção do prédio fotografada por Pedro Ribeiro

Esboços do Memorial

Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Memorial da América Latina foi inaugurado em 18 de março de 1989 com de aprofundar a convivência com povos da América Latina na concepção do antropólogo e escritor Darcy Ribeiro. Na

mostra estão esboços acompanhados por textos manuscritos pelo próprio Niemeyer, nos quais explica as razões, intenções e motivações do projeto; desenhos técnicos, ou “desenhos de execução” como são chamados pelos profissionais, expostos pela primeira vez ao público – no total, 1.400 em formato original, reproduzidos digitalmente –, além de fotos de Pedro Ribeiro. A curadoria é do arquiteto e professor da USP Lúcio Gomes Machado. “Homenagem a Niemeyer – Esboços do Memorial” fica em cartaz até 20 de novembro, de terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada gratuita, na Galeria Marta Traba do Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, tel. 3823-4600).

 

 

 


O cotidiano da cidade andina pelas lentes de Magaly Quiroz Batory

Fotos de Huancavelica

A cidade andina, no Peru, é considerada a segunda região mais miserável do país – com altos índices de pobreza, analfabetismo e desnutrição crônica em crianças – apesar de estar localizada em uma região com grandes áreas de

mercúrio, prata, cobre e ouro (hoje, a mineraria está estancada, e a maior parte da população dedica-se à agricultura, criação de gado e tecelagem); e também a segunda com maior índice de vítimas do terrorismo. Na mostra, em cartaz na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, estão imagens da cidade hoje, das crianças que precisam trabalhar desde cedo na agricultura, daquelas que precisam caminhar mais de quatro horas para chegar à escola, de locais abandonados, como a comunidade de Santa Bárbara, ou ainda do frio latente que fica explícito nos rostos dos habitantes do lugar. As fotografias foram tiradas pela peruana Magaly Quiroz Batory, que faz intercâmbio na ECA/USP. Até 8 de dezembro, de segunda a sexta, das 8h às 22h, no Espaço A. C. D’Ávila do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA (av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Bloco A, Cidade Universitária, tel. 3091-4112). Entrada franca.

 

 

 

Guignard em São Paulo

Está em cartaz até 23 de dezembro uma mostra em homenagem ao artista carioca Alberto da Veiga Guignard (1896-1962). Nasceu com lábio leporino – característica que tem importância decisiva na sua vida e obra – e morreu pobre e solitário, sem conhecer a consagração. São 60 pinturas que mostram todo seu repertório, de temas religiosos e festas populares, a vasos e retratos, principalmente seus auto-retratos. Visitação de segunda a sexta, das 10h às 20h, e sábados, das 10h às 16h, na Pinakoteke São Paulo (r. Min. Nelson Hungria, 200, Morumbi, tel. 3758-5202). A entrada é gratuita.

 

 

 

Anna Maria Maiolino

Ex-aluna do artista plástico Ivan Serpa, Anna Maria Maiolino apresenta uma retrospectiva na Pinacoteca do Estado. A italiana naturalizada brasileira construiu uma trajetória versátil; apesar de começar com a pintura, utilizou diversas linguagens e suportes – gravuras, esculturas, fotografias, desenhos, vídeos e instalações. A mostra pode ser visitada até 8 de janeiro de 2006, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca (Praça da Luz, 2, Luz, tel. 3229-9844). Ingressos: R$ 4,00; grátis aos sábados

 

 




ir para o topo da página


O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
[EXPEDIENTE] [EMAIL]