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Óleo sobre tela de 1946, de Anatol Wladyslaw (acima); e Ateliê Amarelo (ao lado), de Henrique Oliveira, na 1a Mostra do Programa de Exposições


Novas exposições no CCSP

O Centro Cultural São Paulo está reabrindo a partir deste sábado o antigo Piso Verde, que agora ganha o nome de Piso Flávio de Carvalho em homenagem ao artista plástico, arquiteto, escritor, encenador teatral e cenógrafo que viveu entre 1899 e 1973. Com o término das obras, voltam a funcionar a Biblioteca Sérgio Milliet e a Biblioteca de Arte Volpi, e aproveitando a reabertura serão inauguradas várias exposições, no mesmo dia, às 11h. Uma das principais é a mostra do artista polonês Anatol Wladyslaw (1913-2004), que teve uma trajetória peculiar na história recente da arte brasileira, desde sua participação no Grupo Ruptura, em 1952, até sua adesão ao figurativismo nos anos 60 e 70. A mostra reúne cerca de 49 trabalhos realizados entre 1946 e 2004, que foram doados ao acervo municipal pela viúva, Blanka Wladyslaw, e selecionados por uma comissão formada por Lorenzo Mammì, Stella Teixeira de Barros e Denise Grinspum, sob a curadoria de Paulo Monteiro.
A 1a Mostra do Programa de Exposições 2006 apresenta sete dos 21 artistas selecionados: Jurandy Valença, com o projeto Biblioteca Particular, que consiste em uma série de fotografias realizadas a partir da apropriação de capas de livros antigos; Fábio Tremonte, que apresenta pinturas, desenhos, fotografias e vídeo, feitos entre 2005 e 2006; Henrique Oliveira mostra Tapumes; Rafael Alonso, com obras geométricas feitas com materiais pouco usuais como fita adesiva e elásticos de escritório; Marco Willians e seus desenhos da paisagem urbana; Kika Nicolela com a instalação Face a Face II, que vai captar depoimentos dos visitantes em vídeo; e Marcelo Camacho Silva mostra a série Carros-Tanques. Na ocasião acontece a premiação dos artistas do Programa de Exposições 2005, com o Prêmio Aquisição, que neste ano contemplou quatro trabalhos.

Há ainda exposições permanentes de duas obras: Caminhos do Olhar (2006), de Amélia Toledo, e Arara (1985), de Flávio Império. A primeira é uma pintura-escultura que forma um caminho de pedras, que se estende do azul ao verde, incluindo seixos rolados de quartzo nas duas cores, em diferentes variações de tons, no Jardim das Esculturas. E a segunda é um painel de pastilhas de vidro, cujo projeto foi elaborado em 1981 para uma residência em Manaus (do pai do escritor Milton Hatoum), e depois da morte de Flávio Império, sua irmã, Amélia Império Hamburger, encomendou uma nova versão, realizada a partir de documentação fotográfica do desenho original –, que passa a ocupar os arredores do Jardim Eurico Prado Lopes.

A 1a Mostra do Programa de Exposições 2006 fica em cartaz até 23 de abril e a exposição de Anatol Wladyslaw, até 4 de junho, com visitação de terça a sexta, das 10h às 20h, sábados, das 10h às 18h, e domingos, das 10h às 16h. O Centro Cultural São Paulo fica na r. Vergueiro, 1.000, tel. 3277-3611. Grátis.

 

 

 


The Founding 6, de Frank Stella

Homenagem a Ciccillo

Foi prorrogada até 30 de abril a exposição “Ciccillo – Acervo MAC USP”, que reúne 121 obras da coleção particular de seu fundador, Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo. Entre os destaques, Auto-Retrato (1919), de Modigliani,

adquirido em Milão pelo marchand Enrico Salvadori, e presente de Ciccillo à esposa Yolanda por seu aniversário; Enigma de um Dia (1914), de De Chirico, além da obra do artista americano Frank Stella The Founding 6 (c. 2004), da Kleist Novellas series. Também estão presentes obras de Picasso, Matisse, Marini, Volpi e Kandinsky. A exposição pode ser visitada de terça a sexta, das 10h às 18h, no MAC USP (r. da Reitoria, 160, Cidade Universitária, tel. 3091-3039). Entrada franca.

 

 

 

Boa Noite, Paulicéia!

A série inédita de Eduardo Muylaert, “Boa Noite, Paulicéia!”, reúne cerca de 70 imagens em preto-e-branco, realizadas em apenas uma noite. A exposição está em cartaz na Pinacoteca do Estado e tem curadoria de Diógenes Moura. Em alguns momentos o autor alcança abstração para, logo em

seguida apresentar elementos gráficos que ultrapassam a linha do tempo, fazendo surgir cidades imaginárias. É toda essa questão memorialística de uma cidade – no caso São Paulo – que a exposição pretende estabelecer. O curador trabalhou no sentido de revelar uma cidade que não se revela: a mostra inclui uma videoinstalação, uma videointerpretação feita por Fernando Muylaert e textos de Arnaldo Antunes, Régis Bonvicino, Paulo Bonfim, José de Souza Martins e do próprio curador Diógenes Moura. Em cartaz até o dia 14 de maio, terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca (Praça da Luz, 2, tel. 3229-9844). Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00 (estudantes), grátis aos sábados.

 

 

 


Estacionamento de Automóveis no Parque do Anhangabaú (1950); Edição 755

A cidade de São Paulo

O cotidiano da cidade de São Paulo e fatos marcantes das décadas de 40 e 50 estão registrados em fotografias de Sebastião de Assis Ferreira, Antônio Câmara, Benedito Junqueira Duarte, entre outros, e podem ser vistas na

exposição “São Paulo, 1940-1954: Rumo à Metrópole”. A mostra integra a Série Departamento de Cultura, visando a divulgar o acervo do Arquivo de Negativos da Divisão de Iconografia e Museus da Secretaria Municipal de Cultura. São cerca de 50 imagens que retratam a cidade num período de intensas transformações e processo acelerado de urbanização. A exposição entra em cartaz nesta terça e vai até 25 de junho, de terça a domingo, das 9h às 17h, no Solar da Marquesa de Santos (r. Roberto Simonsen, 136, Centro, tel. 3241-4238). Grátis.

 

 




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