Cia. Truks para adultos
Está de volta em curta temporada o espetáculo de
teatro de animação, para adolescentes e adultos,
Big Bang, que comemora os 15 anos da Cia. Truks. A peça é inspirada
no provável momento de surgimento do Universo, recriando
a história do mundo. A montagem faz uma releitura crítica
dos caminhos da humanidade, com retratos satirizados ou transfigurados,
terminando nos constantes questionamentos acerca do destino. Os
assuntos vão desde relatos bíblicos e devaneios filosóficos
até inspirações poéticas ou pesquisas
científicas. Para isso, a Truks utiliza bonecos inspirados
no Bunraku japonês, tradicional gênero teatral do século
18, em que os atores fazem a manipulação sem varas
ou fios e à vista da platéia. Direção
de Henrique Sitchin. Até 15 de dezembro, quartas, às
20h, sábados e domingos, às 15h (sessões exclusivas
para escolas de quarta a sexta, às 11h). No Teatro Popular
do Sesi (av. Paulista, 1.313, tel. 3146-7405). Entrada franca.
Relação familiar
Sérgio Britto e Suely Franco dividem o palco no espetáculo
Outono e Inverno, que estréia neste sábado, às
19h30, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Baseado em texto
do sueco Lars Norén, importante autor do teatro contemporâneo
e inédito no País, o espetáculo mostra a história
de uma família de classe média que se vê no
meio de um embate emocional durante um jantar semanal. A peça
faz parte da trilogia em que o autor retrata famílias compostas
por quatro pessoas, típica formação da família
burguesa européia, em que o pai, mãe e duas filhas,
interpretadas pelas atrizes Denise Weinberg e Emília Rey,
discutem os erros e acertos do relacionamento familiar, dizendo
tudo o que realmente pensam, sem medo de magoar, enquanto a discussão é envolvida
com muito humor negro. De quinta a sábado, às 19h30,
e domingo às 18h. Ingressos: R$ 15,00, com meia-entrada
para estudantes e idosos. Em cartaz até 17 de dezembro,
no CCBB (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651).
Vítima e carrasco
A paixão pela atmosfera circense do diretor italiano Federico
Fellini foi retratada por ele no filme La Strada. O enredo do filme
ganha agora adaptação para o teatro na peça
Estrada, de Claudia Vasconcellos, com Cia. de Atores Bendita Trupe,
com direção de Johana Albuquerque. Com algumas modificações
em alguns personagens e introdução de elementos da
cultura brasileira, a peça conta a história da menina
ingênua vendida pela mãe a um truculento artista mambembe,
que ganha a vida arrebentando correntes no peito. Os dois se revezam
nos papéis de vítima e carrasco. Percorrem um caminho
passando por circos, estradas, procissões, conventos e espaços
oníricos e cruzam com personagens que lhes deixaram marcas
ou que os transformarão completamente. A montagem chama
atenção pela simplicidade e preocupação
nos detalhes. Sexta e sábado, às 21h e domingo, às
20h, no Espaço Parlapatões (Praça Franklin
Roosevelt, 158, Consolação, tel. 3258-4449). Ingressos:
R$ 20,00 (preço promocional às sextas) e R$ 30,00
(demais dias). Em cartaz até 17 de dezembro.
Teatro irlandês
Com o objetivo de dialogar sobre as tendências atuais dramáticas
na Irlanda, suas conexões com a produção brasileira
e as relações desta dramaturgia com a obra de escritores
expoentes, como Samuel Beckett, acontece até 12 de dezembro
o ciclo de leituras comentadas O Teatro Irlandês do Século
21 – A Geração Pós-Beckett. Nesta terça,
o texto é Assoviando para Psyché (Fragmentos), de
2004, do premiado autor Sebastian Barry. A peça trata do
inusitado encontro do Dr. Barry, dono do cão Psyché,
com a efermeira Flora em uma estação do metrô,
após a morte de ambos. A tradução e a mediação
do debate é de Munira H. Mutran, professora da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e presidente
da Associação Brasileira de Estudos Irlandeses. Na
próxima terça, dia 28, é a vez de Ariel (2002),
de Marina Carr, com tradução de Zoraide Mesquita
e encenação da Cia. Ludens e atores convidados. Sempre às
19h30, no Espaço Décimo Andar do Sesc Avenida Paulista
(av. Paulista, 119, tel. 3179-3700). Ingressos gratuitos, distribuídos
uma hora antes.
Contos no palco
Três contos do jornalista e escritor Gregório de
Bacic chegam ao palco com a Companhia da Panela, na peça
Distrações. O primeiro, Pequenas Distrações,
acompanha o cotidiano de uma família que vive trancada dentro
da própria casa. Vala Comum mostra as peripécias
de donos de uma empresa para tentar aumentar seus lucros. A história
de um homem que esquece o filho em um vagão de trem do metrô é o
enredo do último conto, Demônio Inerte. A ação
dramática das três histórias está centralizada
na trajetória de um único personagem onipresente,
o filho mais novo do conto Pequenas Distrações, que
passa pelos três contos. Com direção de Ruy
Cortez. Sextas e sábados, às 21h, domingos, às
19h, no Teatro Brasileiro de Comédia (r. Major Diogo, 315,
Bela Vista, tel. 3104-5523), até 17 de dezembro. Ingressos:
R$ 20,00, com meia-entrada.
Dois monólogos
Os monólogos Café com Torradas, texto de Gero Camilo
da companhia Teatro de Viés, e Francisco Pés Após
Pés, de Rogério Tarifa, da Casa Pés Após
Pés de Arte, estão reunidos no Teatro Júlia
Bergman. No primeiro, o ator Marcello Airoldi interpreta a história
de Fulano, que tem o sono interrompido por batidas na porta da
sua casa. Irritado, se recusa a abri-la, apresentando os mais absurdos
argumentos e justificativas. Os acontecimentos vão revelar
no personagem um homem mesquinho e individualista, disposto a preservar
seu mundo a qualquer preço. Em Francisco Pés Após
Pés, um homem, interpretado pelo próprio autor, um
peixe e um avião estão refugiados na última
casa da cidade, que será demolida até o fim do espetáculo.
Após cada espetáculo, o público poderá visitar
a exposição com aquarelas pintadas por Rogério
Tarifa nos albergues para moradores de rua, lugar onde finalizou
o texto do espetáculo, e imagens do processo de ensaio da
peça. Sábados e domingos, às 19h, no teatro
(r. Cruzeiro, 256, Barra Funda, tel. 3392-4240), até 17
de dezembro. Ingressos: R$ 20,00.
Teatro Folha
A tragicomédia Mordendo os Lábios apresenta um adolescente,
que com sua namorada, planeja unir o pai da garota com sua mãe,
mas aos poucos, o tom romântico cede espaço para fatos
trágicos que cercam os personagens. Com os atores Caio Blatt
e Maria Ribeiro. No Teatro Folha (av. Higienópolis,
618, dentro do Shopping Pátio Higienópolis, tel.
3823-2323), às quartas e quintas, às 21h, em cartaz
até 21 de dezembro. Ingressos: R$ 14,00. Também no
Teatro Folha, o projeto Nunca se Sábado foi iniciado em
agosto deste ano com apresentações todo sábado.
No formato original, três trupes encenam uma pequena comédia
cada uma, que recebem notas do público e as duas melhores
são convidadas a participar na semana seguinte. A partir
de agora, até o inicio da próxima temporada, em abril
de 2007, o projeto deixa esse formato para apresentar espetáculos
solo com as companhias que mais agradaram o público ao longo
deste ano. O grupo Canal 3 ocupa o palco até 16 de dezembro,
com Coisa Boa pra Você!, uma sátira aos programas
de variedades exibidos na televisão. Sábados, à 0h.
Os ingressos custam R$ 20,00.
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