Semana do Audiovisual
Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais, pré-estréia
no Cinusp |
De segunda a sexta o Cinusp exibe a programação
da Semana do Audiovisual – SAV 2007, organizada pelo Departamento
de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações
e Artes (ECA) da USP. O foco do evento é discutir a tendência
da convergência entre as mídias. Além dos filmes
realizados pelos próprios alunos do departamento, haverá
exibição de títulos de outras áreas
(Jornalismo e Artes Plásticas) e de outras universidades,
como a Unicamp. Entre os destaques, as pré-estréias
de filmes nacionais, como o documentário Castelar e Nelson
Dantas no País dos Generais, de Carlos Prates, sobre
o cinema realizado em Minas Gerais nos anos da ditadura militar
pelos diretores Joaquim Pedro, Andrea Tonacci, Alberto Graça,
Carlos Prates e Schubert Magalhães; Valsa para Bruno
Stein, de Paulo Nascimento, história de um homem que
mora com sua família em um lugar isolado, até que
a chegada de um novo empregado faz com que ele recupere a alegria
de viver; e Olho de Boi, de Hermano Penna, sobre dois peões
que se embrenham no sertão em busca de vingança.
Valsa para Bruno Stein, pré-estréia
no Cinusp
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A SAV inclui também mesas e debates, sempre no período
da manhã, com especialistas, como Esther Hamburger (pesquisadora
e chefe do departamento na ECA), Marcelo Botta (gerente de conteúdo
do FIZ.TV, novo canal da Abril na TVA) e Marcelo Rezende, ex-diretor
de redação da revista Cult e atual organizador da
coleção Situações da Alameda Casa Editorial.
Completa a programação sessão de cineclube
ao ar livre e exposição fotográfica. Os filmes
serão exibidos no Cinusp (r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das
Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540); e
as mesas acontecem no prédio principal da ECA (av. Prof.
Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária).
Mais informações nos sites www.usp.br/cinusp
e www.eca.usp.br/semanadoaudiovisual.
Cinema Marginal
Na abertura,
filme dirigido
por João Silvério
Trevisan |
O jornalista Jairo Ferreira revelou-se um atento crítico
de exceção e o principal cronista daquilo que ficou
conhecido como o Cinema Marginal. Entre 1967 e 19734 escreveu semanalmente
uma coluna no jornal São Paulo Shimbun, diário da
colônia japonesa, em plena ditadura militar, sem poupar cineastas,
cinefilia e a política cinematográfica da época.
De quarta a domingo serão exibidos 14 títulos, garimpados
no acervo da Cinemateca Brasileira, realizados no final dos anos
60 e comentados por ele em sua coluna. Na abertura, o longa Orgia
ou Homem que deu Cria (1970), de João Silvério Trevisan,
e o curta Esta Rua Tão Augusta (1966-68), de Carlos Reichenbach,
seguido de debate com o pesquisador Alessandro Gamo, organizador
da coletânea Críticas de Invenção: os
anos do São Paulo Shimbun (Imprensa Oficial, 2006). Ainda
na programação, A Mulher de Todos (1969), de Rogério
Sganzerla, e A Herança (1971), de Ozualdo Candeias. Complementando
a mostra serão apresentados de quinta a domingo cinco filmes
do diretor Ari Candido Fernandes, um dos idealizadores do Dogma
Feijoada, movimento disposto a questionar os estereótipos
e o modelo de representação do negro veiculados pelo
cinema e pela TV, exibindo na abertura Martinho da Vila em Paris
(1977) e Por quê a Eritréia (França/Tunísia,
1978), com co-direção de Mohamed Charbagi, com a presença
do diretor. Na Sala Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso, 207,
Vila Mariana, tel. 3512-6101). Ingressos: R$ 8,00, com meia-entrada.
Clandestina Liberdade
A Grande Viagem, de Ismaël Ferroukhi
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A partir de quarta o Centro Cultural Banco do Brasil exibe a mostra “Clandestina Liberdade – Os Imigrantes no Cinema Contemporâneo”, que reúne 14 longas-metragens, do road movie ao documentário, selecionados pelo cineasta e jornalista Gustavo Galvão. Destaque para dois inéditos no Brasil, Balseros (Espanha, 2002), de Carlos Bosch e Josep Maria Domènech, documentário que acompanha a trajetória de cubanos que em 1994 partem para a Flórida em balsas improvisadas; e A Promessa (Bélgica, 1996), de Luc e Jean-Pierre Dardenne, drama belga em que um construtor aluga apartamentos para imigrantes ilegais. Há também títulos sobre a convivência entre os povos e a superação das diferenças, presentes nas obras de Bernardo Bertolucci (Assédio) e Ken Loach (Pão e Rosas). Ainda na programação, Código Desconhecido (França, 2000), de Michel Haneke, A Grande Viagem (França/Marrocos, 2004), de Ismaël Ferroukhi, e o poético Paisagem na Neblina (Grécia, 1988), de Theo Angelopoulos. A mostra fica em cartaz até 23 de setembro (programação completa em www.bb.com.br/cultura). No Cinema do CCBB (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651). Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00. |