Capital da vela

É assim que Ilhabela é conhecida internacionalmente, sediando importantes regatas durante o ano, pelas características propícias do Canal de São Sebastião para a prática do esporte. Do lado sul estão praias como Feiticeira, muito freqüentada e a pouco mais de 200 metros da estrada principal, e a Praia Grande, a maior da ilha, com cerca de 650 metros de extensão, com quiosques e mesas espalhadas

Foto crédito: Nilton Fukuda

por sua orla, também procurada para a prática do windsurfe e mergulho; ou Praia do Curral, com mais de 400 metros de extensão e uma das mais agitadas. No extremo sul da ilha, Bonete é a praia mais larga, com 600 metros de extensão e orla ladeada por árvores chapéu-de-sol (para chegar nela é preciso percorrer uma trilha de 15 quilômetros a partir de Sepituba). Localizada a leste da ilha, Castelhanos é a maior praia de Ilhabela, com um quilômetro, e acesso feito através do mar, de jipe ou a pé por uma trilha de 22 quilômetros ; chegando na praia

há uma trilha que leva para a Cachoeira do Gato. Uma das mais belas é a Praia do Jabaquara, com cerca de 500 metros de extensão e uma faixa larga de areia, cortada por dois riachos; é a última praia ao norte com acesso de carro a partir de Ponta das Canas, que apesar de pequena é reduto dos adeptos de windsurfe e kitsurfe. Ilhabela também preserva uma das maiores áreas de floresta de mata atlântica, cachoeiras, além de inúmeras trilhas, mas em sua maioria é preciso acompanhamento de guias. Entre elas, a Trilha do Pico do Baepi, de grande dificuldade, com quatro horas de caminhada até atingir os 1.058 metros de altitude, com vista panorâmica da cadeia de montanhas da ilha, o canal e boa parte da Serra do Mar; Trilha da Água Branca, localizada no início da estrada de Castelhanos, de fácil acesso e bem demarcada, nos limites do Parque Estadual de Ilhabela (criado em janeiro de 1977, com mais de 20 mil hectares); Trilha de Castelhanos e Serraria, com 22 quilômetros que constituem a estrada que corta o parque, e pode ser percorrida a pé, de bicicleta ou carro; ou ainda a Trilha do Bonete e Anchovas, no extremo sul da ilha, onde vive uma comunidade de pescadores, sem luz elétrica, boa para quem curte acampar e surfar em ondas que chegam a mais de um metro. Outra atração são os mergulhos. Dezenas de naufrágios de embarcações, entre rebocadores, cargueiros, veleiros antigos, vapores e navios, pontilham as costeiras do arquipélago de Ilhabela. Para chegar à ilha é preciso pegar uma balsa que funciona 24 horas, e agora dispõe de travessia com hora marcada; informações pelos tels. (13) 3358-1598 e 3358-2027 ou ainda no Disque-Balsa pelo 0800-7045510.

 

Praias em Florianópolis

Com maior número de pontos turísticos, o centro de Florianópolis traz cartões-postais como a Ponte Hercílio Luz e o Mercado Público Municipal, mas são suas praias que fazem sucesso nas temporadas de férias. Atravessando a ponte, pode-se seguir para o lado esquerdo ou direito da ilha. As praias do norte estão entre as preferidas. A Praia dos Ingleses, que fica a 36 quilômetros do centro, é o segundo balneário em concentração de turistas argentinos, perdendo apenas para Canasvieiras. Com quase cinco quilômetros de extensão, a faixa estreita de areia é banhada por mar aberto, sendo que nos dias mais agitados as ondas chegam a ser bem grandes, próprias para o surfe. As dunas que separam Ingleses de Santinho são outro atrativo natural, e também é onde se praticam o sandboard, esporte que consiste em descer as dunas em uma prancha. Canasvieiras, a 27 quilômetros do centro, tem completa infra-estrutura, incluindo atendentes bilíngües. Com pouco mais de dois quilômetros de comprimento e com a Ilha do Francês logo em frente, tem água verde com poucas ondas e uma faixa de areia bem estreita. Ali é possível alugar cadeiras de praia ou caiaques, além de passeios de banana-boat, escuna e mergulho. Outro destaque é Jurerê, com mar de coloração verde, temperatura amena e ondas calmas em seus pouco mais de três quilômetros de extensão (do lado esquerdo fica Jurerê Internacional, com ótima infra-estrutura). No lado leste da ilha de Santa Catarina está a Barra da Lagoa (20 quilômetros via Morro da Lagoa), importante núcleo pesqueiro, que a cada ano recebe um número maior de turistas. Com apenas 650 metros , mas sem nada que a separe da praia do Moçambique, faz com que sua orla tenha mais de oito quilômetros, proporcionando longas caminhadas. O mar possui ondas suaves, que permitem a prática do surfe, mas não assustam os banhistas, já que as grandes ondas são freadas pela correnteza do Canal da Barra, com uma ponte pênsil que leva a uma pequena trilha, dando acesso à Prainha. Do lado sul de Florianópolis está Campeche (a 23 quilômetros do centro), que fica entre a Joaquina e o Morro das Pedras, com 3,5 quilômetros de extensão e faixa de areia larga, às vezes com formação de dunas. O mar, de águas frias e salinidade elevada, tem ondas fortes e é muito procurado por surfistas. Outra atração imperdível é a Lagoa da Conceição, situada no centro geográfico da ilha, que reúne praias, dunas e montanhas. É comum encontrar praticantes de windsurfe, vela, caiaque, kite surfe e jet ski. Também é de lá que saem os passeios de escuna por preços irrisórios. E ainda dá para almoçar com vista para Lagoa. Uma boa pedida é a famosa seqüência de camarão, com preços convidativos e porções bem servidas. Mais informações podem ser obtidas no site www.guiafloripa.com.br/turismo.

 

A Foz do Iguaçu

Localizada ao extremo oeste do Estado do Paraná, Foz do Iguaçu (que em tupi-guarani significa água grande) está na divisa entre Brasil, Argentina e Paraguai, formando um delta na união dos Rios Paraná e Iguaçu. As Cataratas, sem dúvida, são a atração. Uma sucessão de 275 quedas d'água que se precipitam de penhascos com altura média de 60 metros , em um espetáculo da natureza. O rio Iguaçu, que nasce na Serra do Mar, percorre mais de mil quilômetros até Foz do Iguaçu, formando o conjunto de quedas, pouco antes de seu encontro com o rio Paraná. Os grandes saltos são 19 no total, sendo apenas três do lado brasileiro (Floriano, Deodoro e Benjamin Constant). A maior parte está do lado argentino – que exibe mais trilhas e ponto com maior volume d'água, conhecido como Garganta do Diabo –, mas com visão privilegiada para o Brasil. Há inúmeros mirantes espalhados pelas trilhas das Cataratas, que estão dentro do Parque Nacional do Iguaçu, a cerca de 20 minutos da cidade. Tombado em 1986 pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade, o parque abrange uma área protegida de 185 mil hectares de mata atlântica, e é uma das maiores reservas florestais do Sul do País. O passeio começa pelo percurso das trilhas do parque até o salto do Macuco, queda cristalina de 20 metros de altura, com caminho percorrido através de jipes elétricos (que não fazem barulho nem poluem o meio ambiente), seguido de uma caminhada de 600 metros , chegando até o rio Iguaçu de onde saem barcos bimotores, atravessando o canyon para subir as corredeiras em direção às Cataratas. Para os mais aventureiros, a descida pode ser feita em um rafting. Outro passeio é através de ônibus que sai da entrada do parque até os mirantes; uma das passarelas panôramicas começa no hotel Tropical das Cataratas (único hotel do parque), que leva até o mirante metálico ao pé do Salto Floriano, com maior vazão de águas e visão vertiginosa. Ainda dentro do parque, encontram-se viveiros no meio da vegetação que abrigam mais de 500 espécies nativas e de outros continentes no Parque das Aves. Foz do Iguaçu também abriga a Itaipu Binacional, maior hidroelétrica do mundo em sua categoria, empreendimento realizado entre Brasil e Paraguai, responsável pelo fornecimento de 25% de toda a energia consumida nas regiões brasileiras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A visita ao local tem início com projeção de vídeo sobre a usina, seguida de passeio de ônibus pela barragem. Há ainda o Ecomuseu de Itaipu, que visa à pesquisa, educação e conservação de material relativo à fauna, flora e memória cultural da região. Mais informações sobre o Parque Nacional do Iguaçu pelo tel. (45) 3251-4400 ou no site www.fozdoiguacu.pr.gov.br.

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