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editorial77

Caro leitor, você tem em mãos o dossiê Quatro Centenários, com o subtítulo: "Lúcio Costa, Juscelino Kubitscheck, Sérgio Buarque de Holanda e Carlos Drummond de Andrade". Nada mais justo que uma homenagem a quatro grandes nomes que ajudaram a erguer o Brasil no século passado (sim, já é possível falar em século passado). Cada um em campos diferentes, díspares até – se pensarmos que a área de Juscelino era a política, não a cultura –, elevaram o nome do país, dando-lhe consistência teórica e prática.
Como medir a poesia praticamente, perguntarão alguns? Se a resposta é Drummond, ela tem tudo para ser definitiva: que outro poeta brasileiro do século XX estendeu tanto o alcance de seu poema sobre a vida do país? Poderíamos assinalar neste presente trabalho a questão da modernidade. Porque, de uma forma ou de outra, a questão que se coloca aqui é a da própria modernidade. Que país era aquele do início do século passado, para onde caminhava, de onde vinha? Os homenageados deste número tiveram, cada um em seu campo, um trabalho histórico. Tratava-se de tirar do Brasil um certo ranço memorial que vinha do final do séc. XIX, e colocá-lo definitivamente num rumo, num ritmo, mais atualizado, de coexistência com os outros países – de preferência mais avançados, da Europa ou América do Norte.
O arquiteto Lúcio Costa, nesse sentido, é um paradigma. Pois, preferindo o rótulo "moderno", nem por isso deixou de ter muito claro o grande valor de uma belíssima tradição colonial para um país que ele ajudaria, literalmente, a erguer a partir de Brasília. É aqui também que se inscreve o gênio de JK, o político de perfil fascinante, que, entre um suicídio (o de Getúlio) e uma ditadura militar (64), esteve à frente de um governo que, apropriadamente ou não, se dizia de "50 anos em 5" – o que, hoje, tem sido cada vez mais aceito. Juscelino foi o próprio modernizador.
Para não falarmos de Drummond que, além de moderno, foi "modernista" no verdadeiro sentido da expressão. E onde entraria Sérgio Buarque nesse viés?
Certamente o crítico literário teve um olho modernista. Mas não foi o historiador um dos maiores leitores, no amplo sentido da palavra, deste imenso, complexo país?
Portanto, quatro nomes de primeira grandeza observados por um grupo de autores de altíssimo calibre, como é costume na revista. A presente edição ainda inaugura uma nova seção: "Arquivo". Ela promoverá a publicação de textos clássicos, traduzidos especialmente para a Revista USP e que sirvam de referência dentro do universo acadêmico. Assim, iniciamos com Norman Friedman e seu antológico "O Ponto de Vista na Ficção". Esperamos que você goste.

FRANCISCO COSTA

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Caro leitor, você tem em mãos o dossiê Quatro Centenários, com o subtítulo: "Lúcio Costa, Juscelino Kubitscheck, Sérgio Buarque de Holanda e Carlos Drummond de Andrade"… (leia na íntegra)

 

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Os Sertões: Cem Anos

 

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