CELULARES MORTOS

Por Felipe Chibás Ortiz.

Somos celulares mortos ou batiscafos
que perderam o rumo da superfície
no oceano infinito de seus próprios corações,
enquanto teciam historias inéditas
na torrente azul da paixão.

Escutamos a agulha vermelha
do relógio do nosso sangue
e isso nos faz fortes e fracos.
Tentamos escutar outras chamadas
que não sejam as do sexo,
mas é inútil, submersos nessa agua purpúrea,
sempre voltamos ao inicio,
sem ver sequer um reflexo da praia de luz.

Escrito originalmente às 14:17h no dia 21/08/2017

Nota: Poema do livro publicado O DESAFIO DE EXISTIR: 100 Poemas de amor e uma canção desesperada, 2017. Autor: Felipe Chibás Ortiz. Disponível em: https://www.multioficio.com.br/product-page/o-desafío-de-existir-el-desafío-de-exístir