IMAGENS VENCEDORAS por VINÍCIUS SOUZA

PROFESSOR DA UFMT FALA DA DEFESA E DO TEMA DA TESE DE DOUTORADO PUBLICADA EM 2016

Hoje se completam quatro anos da defesa da minha tese de doutorado (Imagens vencedoras – Fotojornalismo e os processos de produção de realidades e invisibilidades midiáticas. Tese de doutorado. São Paulo: UNIP-SP, 2016. Disponível neste link (clique aqui).

Foi uma defesa difícil. Meu orientador no mestrado e doutorado até a véspera da qualificação, o saudoso professor Eduardo Peñuela Cañizal, já não estava entre nós. A querida professora Fernanda Mauricio herdou um abacaxi (um doutorando rebelde com um tema distante do que ele pesquisava) e fez o melhor que pode (obrigado pela compreensão e paciência, sempre). Meu orientador no sanduíche, em Portugal, o querido professor Jorge Pedro Sousa, tinha nas mãos uma tese completamente heterodoxa, muito diferente do que provavelmente está acostumado em terras lusitanas. O mesmo pode ter sentido a professora Simonetta Persichetti, da Cásper Líbero. Já a querida professora Malena Contrera bem que me alertou sobre os problemas que enfrentaria na Academia por defender de maneira tão enfática formas e pontos de vista que não são, digamos, consensuais. A mais indecifrável foi a professora Anna Maria Balogh, com quem infelizmente não tive mais oportunidade de conversar.

Quando defendi a tese já tinha passado na primeira fase do concurso para professor substituto na Universidade Federal de Uberlândia, onde fiquei por dois anos e consegui, em colaboração com a professora Ivanise Andrade, publicar parte das reflexões da tese em um artigo na importante revista Comunicação Midiática, da Unesp, coisa que também já tinha conseguido, na reta final do doutorado, em colaboração com querida professora Barbara Heller e a professora Priscila Ferreira Perazzo com outras reflexões na também prestigiada revista e-Compós.

De qualquer forma, é atualmente, na Universidade Federal de Mato Grosso, que, como professor efetivo, estou finalmente tocando um projeto de pesquisa próprio seguindo as premissas da tese. Não que me sobre tempo pra isso, aliás muito pelo contrário! Com os ataques cada vez mais violentos do governo federal sobre as universidades, a educação, o conhecimento e o livre pensar, estamos todos e todas sobrecarregados física e psicologicamente. Além das cinco disciplinas que leciono, coordeno um grupo de pesquisas (o CICLO), ajudo em outro projeto de pesquisa (da professora Tamires Coelho sobre jornalismo independente no estado) e faço parte do grupo que conseguiu aprovar o novo Mestrado em Comunicação e Poder da universidade (único na área aprovado pela Capes ano passado). Nada mal pra um parasita zebra gorda, né?

Tive ainda dois textos do meu projeto de pesquisa Quer que Desenhe? publicados livros organizados pelo professor Jorge Pedro Sousa em Portugal:

Além de um terceiro já aprovado para o próximo livro da Compós, previsto para lançamento no Congresso da entidade em junho (onde pretendo levar outro texto inédito para o grupo de Imagens e Imaginário, já enviado e aguardando aprovação).

Podem falar o que quiserem da minha tese. Mas ela é MINHA! Eu a defendi e sigo defendendo. E ela ainda vai render muitos frutos, podem ter certeza.

Foto

www.mediaquatro.com – Publicada pela primeira vez nas Considerações Finais da tese (que chamei epílogo do texto porque não parecem absolutamente nada com o que se espera normalmente desse capítulo da tese). A atriz Isis Carolina Vergílio em performance contra a violência policial – Avenida Paulista – 16 de agosto de 2015.
Veja o artigo completo neste link.