A invisibilidade na grande mídia sobre os impactos ambientais causados pela construção civil

O que a arquitetura vernacular tem a oferecer às edificações contemporâneas ditas “sustentáveis” como forma de gerar menos impacto ambiental

A construção civil é um dos setores que mais impactam o meio ambiente. Além da agressividade com que ocupa os espaços de forma cada vez mais rápida, não apenas os vazios, mas demolindo construções antigas para dar lugar a projetos modernos, extrai os mais variados recursos naturais, além de gerar uma quantidade enorme de resíduos que, na maioria das vezes, pelo menos em muitos lugares do Brasil, acabam não tendo um destino correto, indo parar em descartes inadequados que impactam o meio ambiente. Além do desmatamento para a introdução de novos loteamentos e condomínios, abalam também os recursos hídricos, com contaminação, desvio, ou canalização. Nas grandes cidades, bairros antigos com casas tradicionais dão lugar a edifícios cada vez mais altos, impactando o meio urbano sem uma adequação do sistema viário. A quantidade de recursos utilizados nessas construções – água, areia, terra, brita, pedra, cimento, ferro, entre outros, é altamente nociva ao meio ambiente. São muitos os caminhos que podem levar a uma cidade mais humanizada, e para tanto, não basta a utilização de recursos ditos “sustentáveis” na arquitetura.

São os fatores acima listados que mostram a necessidade de o jornalismo ambiental dar maior visibilidade a esse setor e priorizar esse debate, uma vez que o dano gerado por grandes empreendimentos arquitetônicos, bancados muitas vezes por capital estrangeiro, gera um estrago irrecuperável na paisagem natural. Falamos aqui, por exemplo, dos resorts no literal nordestino, de privatização de áreas protegidas para fins condominiais privativos, de matas, regiões lacustres, que em uma cidade bem planejada, poderiam incorporar parques para que toda a população pudesse usufruir, porém o que se vê é a apropriação por grandes empreendimentos que acabam privilegiando uma pequena elite.

Por que a discussão não tem aderência por parte da grande mídia? Pelos motivos de sempre: é através da mídia corporativa que as grandes incorporadoras da construção civil fazem sua grande propaganda, gerando um lucro significativo para jornais, TVs, rádio.

O que poderíamos chamar de arquitetura sustentável?

Há todo um sistema que vai desde a escolha do material da construção, passando pela utilização de recursos, mão de obra e saberes locais, até a manutenção do terreno escolhido. De acordo com a arquiteta Christiane Lisboa, é importante olhar para o material utilizado na construção, pois mesmo não tendo à disposição o material bio, ou mesmo não tendo acesso à mão de obra para fazer uma construção de taipa, deve-se procurar o material disponível perto da construção, e não utilizar recursos que viriam de lugares distantes. Por exemplo, trazer pedras que existem no interior de Goiás, ao invés de utilizar as que temos por aqui, ou seja,

Tentar ao máximo ver quais as técnicas locais, o que cada cidade, cada região do Brasil tem de material que pode ser utilizado, o saber local, a técnica local e a mão de obra local. Não adianta querer fazer aqui uma casa que eu vi em Manaus. Não vai ser adequado para o nosso clima e fica fora do lugar, e não é sustentável, porque eu vou pegar o material sabe-se onde. Sobre o uso do material, dá para ser criativo com o que se tem em volta e pesquisar. Nas casas de algumas regiões de Minas os forros são de esteiras, de palha trançada, que respira, e são feitas na região. Por isso que cada lugar tem uma arquitetura para aquele lugar, em questão de material, de mão de obra, e o arquiteto, com aquilo que tem na mão, ele pode ser criativo, então a forma de construir, a luminosidade, a ventilação, controle da temperatura, na hora do projeto, desde o começo da obra, do começo do projeto, já tem que ser sustentável.

Como em todas as esferas do conhecimento que se importa com o meio ambiente, a arquitetura também apresenta soluções para projetos menos impactantes ao meio, seja em relação ao uso do terreno, dos detritos gerados em construções,[1] do material utilizado, além do uso das fontes de energia renovável, captação das águas pluviais e armazenamento em cisternas, aproveitamento máximo da iluminação natural, reciclagem, tratamento de resíduos, compostagem,[2] do uso inteligente do paisagismo como forma de controlar a temperatura interna dos ambientes. Isso parece fazer parte de uma preocupação, pelo menos no Brasil, recente, além de promover um estilo de vida, no qual estão ligados também o veganismo, o consumo mínimo, uso de materiais de reuso, entre outros. Por isso, a arquiteta reforça que desde o princípio da obra, a partir da escolha do terreno, é preciso estudar suas possibilidades e interferências, como movimento de terra, para causar o mínimo de impacto possível. Não é apenas seguir o padrão de reutilização de água, usar energia solar; há mais detalhes sobre isso que começam no desenho do projeto.

O que seria uma arquitetura sustentável e quais os benefícios para o meio ambiente, em relação à forma de construir, aos materiais utilizados, em relação à luminosidade, ventilação, energia, água, mobiliário, materiais provenientes de reuso, reciclagem?

Para Christiane Lisboa,

Na Universidade de São Paulo, na década de 1970, 1980, a gente falava em boa arquitetura, e esse termo sustentável veio bem depois, porque a boa arquitetura tem que considerar o clima, a orientação solar, tem que considerar o subsolo, tem que considerar a parte de recursos de mão de obra, de recursos de materiais para poder fazer uma arquitetura que seja o mínimo invasiva e ter o máximo de aproveitamento. Quando gente estudou na faculdade sobre o que é a boa arquitetura, sempre se falou nisso. Agora se dá o nome de sustentável. Porque a gente estudava arquitetura justamente para ver a adequação de material, de mão de obra aos locais, quais eram as soluções. Depois veio esse termo arquitetura sustentável, porque a arquitetura por um tempo virou uma coisa de fachadas de vidro, então precisava por muito ar condicionado, mas antigamente,  na arquitetura vernacular,[3] se aproveitava de outro jeito, se aproveitava o vento. Na arquitetura dos países do Oriente Médio, do Mediterrâneo, faziam túneis de ar, não existia o ar condicionado, mas a casa era refrescada, enquanto que hoje se apoia sempre na tecnologia do ar condicionado precisa de mais hidrelétrica para suprir tanta eletricidade que todas as casas precisam, todas as cidades precisam.

Aparentemente toda essa preocupação é atual, marcada pela discussão sobre construções inteligentes que se mimetizariam ao entorno natural, causando menos impacto com sua presença. De acordo com Lisboa, são os clientes mais jovens que têm se preocupado mais com a questão ambiental, como uso de cisterna, armazenamento de água da chuva, aquecimento solar, as mesmas pessoas que hoje em dia são veganas, usam material de reuso, de demolição, móveis reutilizados e reformados, compram em brechós… “estão vendo que o mundo não dá mais, eles têm essa preocupação, gente de quarenta anos para baixo, o pessoal mais velho já não tem tanto essa preocupação”.

Adaptação das moradias às condições climáticas

Esse tipo de construção com pátio interno como forma de refrescar a moradia pode ser observado na arquitetura de origem árabe, bem como as soluções para o mesmo fim nas moradias da América Latina, trazidas pelos povos ibéricos, como as varandas, na arquitetura colonial, muitas vezes circundando as casas, ou em forma de “L” ou na parte frontal e de fundos. Porém, andando mais para trás, a arquitetura indígena dos ameríndios comporta soluções sustentáveis invejáveis, a começar pela forma construtiva das ocas, com o máximo aproveitamento de espaço, uso coletivo, além de o material utilizado ser de baixo impacto ambiental, coletado no entorno das construções.

Em muitos países orientais, as ventilações cruzadas, os poços de ar, às vezes enriquecidos com um fio de água, tornavam os ambientes frescos e agradáveis apesar do calor tórrido do exterior. Construções utilizando materiais locais como bambu, abundante em muitas regiões, serviam como forma construtiva inteligente e de baixo impacto na natureza.

Ainda no continente asiático, Singapura é um exemplo de construções com a utilização de soluções arquitetônicas inteligentes para fazer frente ao aquecimento global. No entanto, um olhar na arquitetura do passado diria que algumas dessas preocupações não são recentes. Muitos arquitetos da antiguidade projetaram construções que hoje seriam consideradas como muito adequadas aos projetos contemporâneos chamados de sustentáveis.

Se você olhar uma casa de Pompeia, todas elas tinham um pátio interno com um espelho d’água e duas entradas, o vento entrava por uma, passava por cima da água naquele espelho d’água e saia pela outra. Túnel de vento é o que pega o vento por cima e encana para baixo, mas existe essa parte que tem o pátio interno. Se você estudar as plantas dessas casas da antiguidade de lugares quentes, você vai ver quantos modos de resfriar uma casa havia, sem eletricidade. A gente tem que ver que a arquitetura vernacular, aquela sem arquiteto, culturalmente dos povos antigos, ou se for ver os indígenas brasileiros, eles fazem arquitetura sustentável a vida inteira até hoje, utilizam materiais naturais, biodegradáveis, bambu, palhas das palmeiras, então sempre se fez arquitetura sustentável e agora estão querendo voltar para uma arquitetura que os mais jovens querem que seja sustentável. Para tanto, o material de construção está voltando muito para técnicas como o adobe, solo cimento, taipa de pilão. Tem casas agora em condomínios caríssimas com taipa de pilão.[4]

Se olharmos ainda mais distante no passado e longe do mundo ocidental, é possível observar construções completamente integradas ao clima, à geografia e às necessidades de conforto dos povos. Na África, desde a do Norte, ocupada pelos árabes, passando pelos povos do deserto, como na Mauritânia, Nigéria, nas habitações tradicionais de Camarões, nas casas dos povos kassena, De Burkina Fasso e Gana, é possível observar soluções arquitetônicas criativas e de baixo custo para solucionar problemas com as altas temperaturas. É conhecido que as construções árabes organizavam suas moradas de forma a que todos os cômodos convergissem para um pátio interno, o qual era provido de plantas ornamentais, pomares e fontes. Além disso, muitas casas que davam para as ruas tinham as janelas cobertas por muxarabis – atualmente redescobertos pela arquitetura ocidental – elementos vazados em madeira que permitiam a entrada de ar, ventilação, além de resguardar a privacidade de quem chegasse à janela sem ser visto de fora. Esses elementos vazados podem ser vistos no Brasil, além do seu desenho original, na forma dos conhecidos cobogós. Christiane Lisboa chama a atenção para a dupla função dos muxarabis: “tinha uma função cultural das pessoas na rua não verem as mulheres nos balcões, mas também dava para abrir a janela e por trás daquele elemento tinha ventilação. Hoje muitos arquitetos jovens lançam mão disso”.

Em relação aos materiais, o adobe, a taipa e mesmo o chão batido de terra eram as soluções encontradas para baratear o custo da construção e ainda controlar termicamente o ambiente. Um conceito que tem aparecido na arquitetura hoje é o da bioconstrução, unida à idéia de integração entre as necessidades habitacionais, tanto de moradia como de trabalho, que não interfiram significativamente na natureza, evitando o desperdício e uso consciente dos recursos naturais e para tanto, são utilizados materiais naturais e renováveis, reciclados e reaproveitados, além dos considerados sustentáveis, como bambu, palha, madeira certificada, além de uma grande atenção aos saberes locais, condições naturais e climáticas.[5]

 O papel do paisagismo na arquitetura sustentável

Para Lisboa, um dos papeis importantes do paisagismo é o da constituição de barreiras, tanto térmicas como de vento, impedindo a formação de ilhas de calor, e como exemplo menciona a construção de prédios inteiros com os andares repletos de plantas, como o

Cidade Matarazzo, em São Paulo, do arquiteto Jean Novel e paisagismo do Benedito Abbud,[6] que foi professor da FAU – USP, e da PUCC Campinas. O prédio tem uma estrutura que possibilita “ter terra em todos os andares e varandas para as plantas de grande porte, elas formam uma barreira que ajuda contra a poluição sonora, do ar, e cria um microclima mais úmido, não aquela secura de uma cidade como São Paulo”.

A importância do paisagismo na atualidade pode ser comprovada pelo número crescente de profissionais dessa área que estão se formando, pois se percebe que há um interesse muito maior hoje pelo paisagismo do que há quarenta anos, segundo Lisboa. Além disso, muitos programas de arquitetura, decoração, design, realizados por youtubers, conseguem atingir um grande público, mostrando a importância de ter plantas mesmo que seja em pequenos terraços de apartamentos: “hoje apartamento com um terraço que dê para você ter um mínimo de vegetação, vale mais – talvez mais do que se tivesse uma churrasqueira. E as pessoas estão ligando mais para jardim”. Ressalta também que a matéria paisagismo é muito mais que jardinagem, está conectada ao planejamento urbano, à idéia do que queremos para a cidade, para a paisagem local e a função das áreas verdes coletivas.

A realidade da arquitetura sustentável no Brasil é que ainda é minoria, pois não apenas os projetos, mas os próprios clientes ainda optam por procedimentos mais convencionais, sendo reticentes às propostas mais inovadoras.

No Brasil a arquitetura sustentável ainda é minoria, porque os processos construtivos mais comuns hoje ainda são artesanais, então encarece a obra. As obras ainda estão num estágio muito não sustentável, por exemplo, existe uma parede, de tijolo, de bloco, que durante a construção é revestida e depois se quebra tudo aquilo para por os conduítes para passar os encanamentos, eletricidade. Já existem blocos para você passar por dentro, só que as pessoas continuam fazendo aquela arquitetura convencional. Então você tem uma parede prontinha, e quando chega o eletricista ou encanador, vem com uma marreta e vai quebrando. Se você olhar o tanto de entulho que sai daquilo…vai pra onde? Vai pra um aterro? Uma caçamba?

A arquitetura modernista brasileira é repleta de exemplos de soluções simples, como o uso do concreto bruto, com formas de concreto cheias e os conduítes aparentes. Chris cita como exemplos emblemáticos desse tipo arquitetônico o Sesc Pompeia, o MASP, o prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, além dos projetos de  Niemayer.

Por isso que no Brasil se apurou muito o cálculo do concreto, porque essas cascas de concreto que fazia o Lefevre,[7] o Sérgio Ferro, esses arquitetos paulistas e os cariocas também, em outros países se dizia que não, isso não vai dar, deveria ser muito mais espessa essa laje, e aqui desenvolveram cálculos de concreto com calculistas que deixaram a arquitetura leve.

O papel do arquiteto na atualidade com o compromisso ambiental

Eu gostaria que todos os arquitetos pensassem em todos esses parâmetros na hora de projetar, mas, mesmo que a gente pense, é difícil, porque a mão de obra – e o cliente também – resistem muito, elas querem aquele tradicional, tem uma resistência, uma inércia de mudar, pois às vezes acham o alternativo mais caro. É mais caro, mas no fim, é mais caro o outro, que tem que quebrar e depois refazer por cima. Mas vai mudar, estão chegando clientes mais novos, que estão vendo que o mundo não comporta esse volume de lixo e consumo.

Sobre a Entrevistada

Christiane Terra Lisboa é arquiteta formada pela FAU – USP, com pós-graduação em Arquitetura pela Unicamp.

 Referências

HOFFMANN, M. V. Arquitetura e construção com terra: taipa de pilão. Revista Restauro. Disponível em: < http://web.revistarestauro.com.br/arquitetura-e-construcao-com-terra-taipa-de-pilao/ > Acesso em: 26/04/2024. Apud Aproximações teóricas: arquitetura vernacular como alternativa sustentável para edificações contemporâneas. MEURER, Sabrina Patricia; CARDOSO, Sandra Magda Mattei. Simpósio de sustentabilidade e contemporaneidade nas Ciências Sociais. Jun. 2017.

TASCHEN, Angelika (Ed.) e SCHAEWEN, Deidi Von (Photos). African Style. Koln: Taschen, 2005.

TEIXEIRA, Rubenilson Brazão. Arquitetura vernacular. Em busca de uma definição. Arquitextos, São Paulo, ano 17, n. 201.01, fev. 2017. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.201/6431. Acesso 26/04/2024.

https://www.gbcbrasil.org.br/cidade-matarazzo-impressiona-pela-arquitetura-pelo-luxo-e-pela-mata-exuberante/

Notas

[1] Questionada se há lugares específicos para descarte de resíduos da construção civil, Christiane respondeu que “existem empresas que pegam os resíduos e moem, fazendo outras coisas, mas isso é a minoria. Muitas empresas de caçamba saem andando por aí e derrubam num terreno, pode observar, saia um pouco da mancha urbana que você vai ver um despejo”.

[2]  Processo de reciclagem do lixo orgânico.

[3] De acordo com Teixeira (2017, p. 6) a arquitetura vernacular pode ser reconhecida como aquela em que há uma grande integração com o meio físico, com as condições geográficas e locais, como clima, vegetação, topografia, respeito ao conhecimento local, uma vez que seu desenvolvimento se dá entre aqueles que dispõem de um nível de conhecimento tecnológico/construtivo diferente dos considerados “modernos”, reconhecendo, entretanto, que aqueles povos desenvolveram soluções arquitetônicas também bastante modernas, à sua maneira. Sendo assim, esse tipo de arquitetura está amplamente ligada ao meio físico-geográfico onde se desenvolve, posto que os habitantes procuram solucionar problemas de calor ou frio a partir do que dispõem à sua volta. Por exemplo, as habitações de clima frio são compactas e com poucas aberturas para o exterior, enquanto que as localizadas em regiões desérticas com grande variação de temperatura entre dia e noite e com muita luminosidade, são também fechadas para o exterior, como as do deserto africano, além de possuírem paredes espessas; nas regiões de clima tropical, observa-se o uso de varandas.

[4] Técnica adotada em construções brasileiras no período colonial no Brasil, a taipa é um processo em que a terra é colocada dentro de formas bem travadas e compactada com o auxílio de um pilão, atualmente podendo-se utilizar compactadores mecânicos (HOFFMANN, 2017, p. 7).

[5] https://habitability.com.br/bioconstrucao.

[6] O projeto arquitetônico Cidade Matarazzo, na região da Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, chama a atenção pelas 10 mil árvores nativas plantadas pelos andares da Torre Mata Atlântica. O projeto é de Jean Nouvel, prêmio Pritzker de Arquitetura e projeto paisagístico do arquiteto Benedito Abbud,

https://www.gbcbrasil.org.br/cidade-matarazzo-impressiona-pela-arquitetura-pelo-luxo-e-pela-mata-exuberante/

[7] Rodrigo Brotero Lefèvre foi professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/USP) e juntamente com Sérgio Ferro e Flávio Império, foi um dos personagens emblemáticos que marcaram o debate arquitetônico dos anos 1960 e 1970, problematizando a associação entre arquitetura moderna e estado, as relações de trabalho no canteiro de obras, “propondo a ruptura da hierarquia baseada em saberes técnicos, frente aos saberes construtivos correntes desenvolvidos pelos trabalhadores”.

https://www.iau.usp.br/institucional/lancamento-do-livro-rodrigo-brotero-lefevre-e-a-ideia-de-vanguarda-no-brasil/

* Andréia Terzariol Couto é jornalista, professora e pesquisadora com pós-doutorado pela ECA-USP.