Renovação_

Por Wilton Garcia
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Embates intrigantes despertam evidências a respeito da informação, ao (re)configurar a proliferação de camadas de domínios complexos das redes sociais. Esta última não se vale apenas de pontos interligados, uma vez que a rede cria tecimentos cujas (re)soluções criativas encontram-se ao longo de qualquer evento/acontecimento.

A cultura digital está cada vez mais permeada de variáveis tecnológicas estratégicas, as quais (re)orientam o fluxo de dados a gerar informação (online / offline). Por isso, não basta disparar informação na internet com a expectativa de disseminar relevância na produção de conteúdo a partir de mera frase de efeito. Ou seja, mecanismos associados à intenção comercial examinam as interfaces de navegabilidade no enlace de dinâmicas satisfatórias ao mercado-mídia.

A (re)solução de problemas, hoje, encontra-se impregnada da atmosfera virtual, disposta por proposições renovadoras no fluxo de informação. Enfrentamentos e conflitos buscam desfecho eficaz. No âmbito comunicacional, a dependência desses dispositivos (hiper/trans)midiáticos perpassam as decisões da sociedade.

O jornalismo ancora-se no paradigma para fortalecer uma noção de existência, realidade e verdade. Logo, o jornalismo alternativo deve ser revisto/relido para além da mediação entre o fato, a pauta, a notícia e o editorial. Mais que isso, percebe-se um sujeito (profissional e/ou usuário/interator) que informa e é informado.

Se, por um lado, considera-se que o Brasil está em crise (econômica, política, ideológica, pandêmica); por outro, essa é uma oportunidade para se ativar a renovação. Na crise, a renovação provoca modificações no modo de viver/existir em diferentes estratificações políticas e/ou socioculturais.

Renovar solicita um tipo de reflexão que (re)semantiza a transformação na produção de conhecimento e subjetividade.

Renovar traz abertura ao “novo/outro” e amplia, paradoxalmente, os campos de (im)possibilidades. Renovar reitera o percurso, a ser projetado. Nesse caso, mudanças são bem-vindas, pois (re)equacionam a condição humana. Altera-se o ambiente, altera-se o sujeito, altera-se a vida.

Como fenômeno da contemporaneidade, o novo implica novidade e sinaliza recomeço. Trata-se de (re)dimensionar ações e valores capazes de fazer as coisas avançarem no mundo. E se qualquer reflexão/pensamento se traduz em matéria, de acordo com as leis da física quântica, a flexibilidade sobre um ponto de vista pode influenciar um resultado. Portanto, a vibração de energia rege sua frequência e (re)organiza fatores inerentes ao viver.

Por certo, o trabalho intelectual de João Massarolo (UFSCar) explora questões da renovação tecnológica: entre atualizar e/ou inovar. A ideia de conexão na pesquisa científica acerca da transmídia ampara-se na forja de reflexão, ação e escrita.

 

Wilton Garcia é artista visual, Doutor em Comunicação pela USP, Pós-Doutor em Multimeios pela Unicamp e Professor da Fatec Itaquaquecetuba/SP.