ISSN 2359-5191

17/12/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 98 - Sociedade - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
Prática teatral contribui no aprendizado de línguas estrangeiras

São Paulo (AUN - USP) - Desenvolver a expressão oral através de interações reais é a proposta de Maria da Glória Magalhães, professora da UnB – Universidade de Brasília. A pesquisadora acredita que a prática teatral pode contribuir essencialmente na diminuição da inibição de falar uma língua estrangeira. “A própria encenação contribui, dando ao aluno a sensação de poder expressar-se com um outro, na medida em que interpreta uma personagem. Não é mais ele que fala, mas uma personagem, com esse pensamento o aluno solta-se e desbloqueia-se na língua estrangeira”.

A hipótese foi tema do trabalho de doutorado de Glória, defendido na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, que, apesar de um estudo aplicado ao francês, acredita ser aplicável a qualquer língua estrangeira sendo o essencial apenas que o professor trabalhe textos que envolvam o aluno e o motivem a realizar um projeto em grupo. Para ela, uma das contribuições é o grande repertório de frases, que se situam entre o oral e o escrito, oferecidas pelo texto teatral.

Para avaliar os resultados no desenvolvimento da pesquisa os alunos escreviam uma espécie de diário sobre o que acontecia nas aulas e o resultado foi positivo na maioria dos casos. Alguns alunos consideraram o método tradicional de ensino mais confortável, já que não exige que eles se exponham tanto. “Há alunos que têm medo de se expressar e por isso preferem uma metodologia mais tradicional”, diz Glória. A pesquisa, no entanto, chama a atenção para o fato de que não são necessariamente os mais tímidos que não se adaptam a esse tipo de experiência, por muitas vezes esses alunos faziam questão de participar e acabavam por fazer as cenas com mais desenvoltura.

Segundo a professora, a chave para o sucesso do novo método de ensino de línguas está na sintonia entre aluno e professor. É preciso que o professor, tanto quanto o aluno, se sinta a vontade para propor esse tipo de atividade. “As atividades impostas, em geral, não apresentam bons resultados. É preciso que professor e aluno entrem em um projeto conjunto de trabalhar com e através da prática teatral.”

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