Vilém Flusser wrote about the Brazilian modernist author João Guimarães Rosa (1908-1967) who he met personally. Although most of Guimarães Rosa’s work had been written before their meeting, Flusser’s thinking might have influenced his writing. In 1961, Guimarães Rosa published the short story Fita verde no cabelo and Flusser wrote an article about it. Both texts were published the same year in the Literary Supplement of O Estado de São Paulo. The essay focuses on questions of style as well as on the cultural and etymological references of the two writers.
Esta comunicação pretende examinar o conto “Recado do Morro” de Guimarães Rosa (1908-1967) à luz dos estudos culturais bem como referenciando-se na filosofia de Vilém Flusser (1920-1991), em suas ricas contribuições a esse campo de análise. É sabido que tal filósofo conheceu pessoalmente Guimarães Rosa e, embora grande parte da obra de Rosa seja anterior, o pensamento flusseriano pode a ter influenciado. Flusser defendeu que “o estrangeiro, categorizado como tal, se opõe diretamente à repulsa daqueles que se encontram acomodados, à repulsa dos monoglotas e dos experts que desenham fronteiras entre os territórios do conhecimento e da memória” (Cf. Finger, 2008). Para ele, “não há fronteira, não há dois fenômenos no mundo que possam ser divididos por uma fronteira, que seria sempre uma separação artificial.” (Cf. Finger, 2008). A partir disso, cabe aqui analisar a personagem Alquiste ou Olquiste, do conto “O Recado do Morro”, de Guimarães Rosa, considerando a problematização do estrangei