Neste artigo, estaremos trabalhando com três áreas de conhecimento: Literatura, Psicologia e Religião. Nosso objetivo é produzir um diálogo interdisciplinar entre Psicologia junguiana e tradições religiosas, sobretudo Budismo e Hinduísmo, com o fim de analisar alguns contos de Guimarães Rosa.
Neste artigo, trabalharemos com três áreas de conhecimento: Literatura, Psicologia e Religião. Nossa intenção é produzir um diálogo interdisciplinar. Confrontaremos o conceito de individuação de Carl Gustav Jung com o sistema religioso hindu dos quatro ashrams (ordem espiritual da vida) – dentre os quais samnyasa (renúncia) –, a fim de analisar o conto de Guimarães Rosa, “A terceira
margem do rio”.
Apresenta artigo que faz uma leitura junguiana do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa. Conseqüentemente, a narrativa não será analisada do ponto de vista literário, mas sim do ponto de vista do mito, da lenda, e de seu papel na psicologia analítica de Jung.
Neste trabalho, pretendemos contribuir a uma ampliação do conhecimento sobre a criatividade, a partir de um estudo dialógico, que tem como bases: registros do percurso criativo do escritor João Guimarães Rosa e a teoria psicológica de Carl Gustav Jung. No primeiro capítulo, realizamos uma revisão do conceito de criatividade na obra de Jung, buscando demonstrar como se deu a elaboração de tal conceito e como este se relaciona com outras formulações teóricas fundamentais ao pensamento junguiano. No segundo capítulo, ancorados em estudos sobre a obra rosiana e em depoimentos do próprio Rosa, apresentamos características da criação do escritor. Ao estudarmos os registros de Rosa intencionando compreender o seu percurso criativo, não empregamos categorias de compreensão predefinidas. Mas, conforme estudávamos os registros, três imagens nos foram suscitadas: brincadeira, pacto e luta. Isto é, segundo nos pareceu, o processo criativo do autor de Minas envolve algo de lúdico, algo de pacto e algo de luta. Então, em nosso terceiro capítulo, valendo-nos sobretudo de um pensar abdutivo e amplificador, tomamos essas três palavras-imagens como pontos de partida para elaborações compreensivas sobre o criar rosiano.