"O baile rosiano: alguns nomes e outros recados" dialoga principalmente com a obra de Ana Maria Machado, Recado do nome. A partir de "Campo Geral", são analisados alguns nomes de Corpo de Baile, com o intuito de dar um pequeno, todavia importante, passo na compreensão do enigmático bailado. Este estudo abarca ainda a análise de algumas correspondências entre os personagens das diversas sagas, que acabam por revelar a mundividência rosiana. Pode-se verificar, enfim, que o destino dos seres conectados com a vida em si mesma, entusiastas da Arte e da Alegria, se contrapõe ao dos indivíduos imersos apenas em labor e pesar.
Em “Rosa e Nietzsche: entusiasmo dionisíaco em Corpo de baile”, procura-se estabelecer aproximações entre escritor e filósofo tomando como base, sobretudo, a saga “Campo Geral” e O nascimento da tragédia. O ainda jovem pensador alemão, apaixonado pela arte, erige uma obra em defesa da celebração da vida em consonância com o bailado rosiano. Rosa e Nietzsche se irmanam na oposição (ou restrição) aos ditames da moral cristã e da lógica. Ambos consideram imprescindível a interação homem-natureza e veem na potência criadora a fonte de superação da tragicidade existencial. Ambos defendem a festividade dionisíaca de uma era pré-socrática. Os “profetas” Zaratustra e Dito são recadistas da Alegria. A pesquisa comporta também um paralelo com o pensador Edgar Morin, que vai buscar nas raízes do amor e da poesia uma concepção de mundo perdida que só a sabedoria, para além dos limites da razão e da ciência, pode recuperar.