As montanhas de Minas Gerais, representadas de modo paradigmático pelo Morro da Garça, exercem influência decisiva sobre o mapa dos cenários de Corpo de baile e, em particular, do conto central “O recado do morro”. Muito mais que mero pano de fundo estático da narração, as chapadas e morros do noroeste mineiro desempenham papel protagonista no drama cartográfico que estrutura musicalmente a intratextualidade das partes do livro.
Estratégias de representação cultural da velhice formam nosso foco analítico de três contos de Sagarana, de Guimarães Rosa: O burrinho pedrês, São Marcos e A hora e a vez de Augusto Matraga. Este universo ficcional está vinculado à produção cultural, observada como extensão criativa e crítica da sociedade que lhe funciona como base e fornece elementos múltiplos e heterogêneos para a produção de identidades transversais.