Na geografia/simbologia do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, o Rio São Francisco tanto é um acidente físico como um elemento significativo de uma realidade mágica que divide o mundo na margem direita, de Deus e do bem, e na esquerda, dos que tem pacto com o Demo. Neste espaço geográfico e simbólico, o personagem Riobaldo realiza sua travessia, no sertão e na sua alma, buscando se libertar da condição de pactário e assumir justamente seu nome: o que tem a força do rio - símbolo do incessante movimento da vida -, que se auto determina.