Neste artigo, pretendo apontar as diferentes crenças religiosas presentes no livro Grande Sertão: Veredas (1956), de João Guimarães Rosa, apresentadas por meio da narração do protagonista Riobaldo, e como ele conviveu de maneira harmoniosa com essa realidade sincrética. A intenção é demonstrar, sem compromisso teológico ou filosófico, que o romance rosiano nos leva a refletir sobre o hibridismo inerente à essência humana. A proposta é ensaiar uma leitura de como Rosa, neste romance de formação, nos mostra a constituição identitária da fé do herói Riobaldo, um homem sertanejo que transitou com naturalidade entre ditos populares, presságios, preceitos católicos, espíritas e protestantes, algo tão característico da cultura do povo brasileiro.
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