Com o conto de Guimarães Rosa “O Espelho”, este trabalho explora a questão da
alteridade, delineando na constituição do eu uma alternância, um trânsito fundamental
entre eu e outro – ou melhor, entre o outro e o outro, posto que o eu está desde sua
origem alienado como outro, obrigado portanto a passar da mimese à metáfora. A pró-
pria estrutura do artigo reflete o que ele tematiza: a psicanálise vê-se aí confrontada a um
seu outro, a literatura, e a reflexão se trama entre ambas, conjugando semelhanças e
rupturas. Segundo as vias indicadas neste confronto, o trabalho de escrita literária e o
trabalho analítico são finamente delineados como explorações de tal possibilidade de
trânsito transformador do eu.
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