Não é nada fácil manter um diálogo com a obra de um autor como João Guimarães Rosa. O risco da imitação pobre ou do pastiche pode minar o esforço e a intenção dos admiradores de uma obra marcada por uma espessura expressiva e uma visão mitopoética incomuns. No limite, a linguagem de Rosa é inimitável. No entanto, como acontece com toda obra literária complexa, é possível captar algo da sensibilidade, das imagens e do forte poder sugestivo latentes na linguagem rosiana. Um diálogo com o seu universo lingüístico e temático talvez seja possível por meio de insinuações, acenos e sinais. Diálogo, portanto, sensível e intelectual ao mesmo tempo, que flui antes nas entrelinhas do que nas linhas propriamente escritas. Em suma, confluências...
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