Esta comunicação tem como objetivo pensar a experiência tradutória de Ángel Crespo, tradutor de Grande sertão: veredas para o espanhol, em sua relação com a ética da tradução proposta por Antoine Berman. Ao lado disso, busca-se também dimensionar o alcance político de Gran sertón: veredas e da atuação de Crespo como diretor da Revista de Cultura Brasileña, utilizando-se das reflexões de Barthes e Didi-Huberman, acerca do potencial político da linguagem e da experiência. Para isso, tomam-se textos escritos pelo próprio tradutor e leituras críticas sobre sua tradução, são eles: a “Nota do Tradutor” (1975), que compõe o volume de Gran sertón: veredas, e o artigo “Proshomenaje introductório” (1967), ambos escritos por Crespo. E, quanto às leituras críticas, utilizam-se os artigos: “Recepción en España de Gran sertón: veredas” (2007), de Antonio Maura e “A recepção de Guimarães Rosa na Espanha: a Revista de Cultura Brasileña” (2009), de Pilar Gomes Bedate. Observa-se que Crespo decidiu-se por uma ética positiva apesar do cenário conturbado enfrentado pela Espanha durante a segunda metade do século XX.
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