El artículo parte del análisis de Mi tío el yaguareté de Joao Guimaraes Rosa, autor emblemático de la literatura brasileña. Se lo inserta en el neobarroco por sus condiciones estilísticas y enunciativas, pero el análisis que intentamos realizar aborda, desde una óptica filosófica, los efectos ético políticos de la narración a partir de su cruce con perspectivas etnográficas como la de Viveiros de Castro, que releen a Claude Levi Strauss tomando en cuenta categorías de Giles Deleuze y Félix Guatari. Así las nociones de sujeto, objeto, persona, lengua y las diferencias entre géneros, razas o especies se desestabilizan a partir de las consideraciones del perspectivismo amerindio y de las concepciones canibalísticas de la metafísica.
O trabalho propõe um estudo da linguagem e da cosmovisão do narrador do conto, e como esses dois âmbitos da obra estão interligados para introduzir um aspecto altamente inovador na literatura brasileira através do uso da língua tupi de maneira provocadora.
Por nos parecer que linguagem e cosmovisão do narrador-personagem são indissociáveis, ambos os aspectos serão analisados no intuito de descobrir a intenção do texto de uma humanização da literatura através de uma possível desumanização do narrador-personagem, que transita no limiar do humano e o animal. Seria realmente uma desumanização o processo de transformação do narrador em onça? Ou seria, uma outra espécie de humanização, uma cosmovisão que difere da visão ocidental que separa humanos e animais? Sobre a questão animal, também dialogaremos com o ensaio Pensamento e animalidade em Vidas secas de Gustavo Silveira Ribeiro, afim de discutir a presença do animal na literatura e sociedade.
Meu tio, o Iauaretê propõe ainda uma d