Programa USPnet Sem fio facilita acesso à internet em todos os campi da USP

Se você tem um laptop ou PDAs (personal digital assitants), já pode se conectar à tecnologia wireless fidelity dentro do campus.  Basta procurar um dos banners do programa USPnet Sem Fio e terá todo o mundo da internet na tela do seu computador.

Simples demais para ser verdade? No entanto, desde 2004, esta já é uma realidade no cotidiano da comunidade USP. Cerca de 140 pontos de acesso wireless já estão espalhados por todos os campi da Universidade.

“O objetivo é garantir mobilidade aos usuários da internet dentro da USP”, aponta Marcelo Pascon, chefe da Seção Técnica de Projetos e Equipamentos de Rede do Centro de Computação Eletrônica (CCE) e presidente da comissão responsável pela USPnet Sem Fio. Ou nas palavras da diretora do CCE, Teresa Cristina Carvalho, permitir que todos estejam “conectados em qualquer lugar e a qualquer momento”.

Para se ter uma idéia disso, recentemente Pascon deixou de lado seu aparelho celular e utilizou a rede de acesso Wi-Fi da USP de São Carlos para via skypeconversar com o pessoal do CCE de São Paulo.

A proposta de implementar a tecnologia wireless fidelity, ou Wi-Fi, na USP surgiu em 2002 com a criação do Projeto Pró Sem Fio pela atual CTI (Coordenadoria de Tecnologia da Informação). Na ocasião, segundo Pascon, foram comprados cerca de 40 pacotes com os equipamentos necessários para a instalação da rede.

Contudo, cada unidade adotava um procedimento de autenticação diferente. Assim, sempre que precisasse utilizar a rede em novos espaços da USP, o usuário tinha que se cadastrar com os responsáveis pelo serviço na unidade. “Por exemplo, se você ia para São Carlos, tinha que enviar um e-mail para o pessoal do centro de informática solicitando um acesso Wi-Fi. Era muito burocrático”, lembra Pascon.

Com tantos entraves, o projeto não foi para frente. Por isso, em meados de 2003, o CCE por meio da Portaria GCCE/018/2003, criou a comissão Hot Spot com o objetivo de elaborar uma autenticação única para a rede sem fio, bem como acompanhar o processo de consolidação do atual programa USPnet Sem Fio.

Assim, ao invés de criar novas senhas, o grupo decidiu então utilizar as bases de usuário já existentes no sistema pró-aluno, para os estudantes, e usadas na internet discada uspiana, para os funcionários. Agora, “você não precisa mais procurar um ponto físico para se conectar, nem correr atrás do administrador da rede da unidade para conseguir um acesso”, afirma Pascon.

Na primeira fase do programa, em 2004, quando a CTI comprou cem pacotes para a instalação dos pontos de acesso, foram investidos R$ 400 mil, com aporte do Ministério de Ciência e Tecnologia. Recentemente, a coordenadoria em parceria com as unidades adquiriu mais 300 antenas, ao preço de R$ 300 mil. A idéia, de acordo com Teresa, é ampliar a rede sem fio para a estrutura interna dos prédios.

Embora a internet com fio ainda seja mais utilizada, a perspectiva é que no futuro a rede Wi-Fi ocupe este posto. Prova disso foi a explosão do número de pontos públicos de acesso à internet por tecnologia wireless fidelityem 2005. Enquanto em 2004 haviam 57 mil hotspots, espalhados pelo mundo, 2005 fechou com 100.355, de acordo com dados da empresa norte americana JiWire, que mantém um diretório sobre o assunto.

“Hoje poucos têm notebook ou palmtop. Mas com o avanço das tecnologias os preços caem e a tendência é que todos usem a internet sem fio”, observa Teresa. Se você já faz parte desse grupo, pode encontrar no site do USPnet Sem Fio a lista dos locais onde a rede Wi-Fi já foi implementada e um tutorial com dicas de uso.