por Talita Abrantes
Fotos por Francisco Emolo


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Foto crédito: Francisco Emolo
Para a diretora do CCE, Teresa Cristina Carvalho, o sistema Wi-Fi é a tendência da internet hoje

Tecnologia wireless fidelity facilita cotidiano dos usuários da internet

Para quem sonhava com carros voadores, colonização da Lua, viagens à velocidade da luz, a primeira década do século 21 com certeza é uma frustração só. Mas foi em meio a essas promessas de um novo mundo que, no ano 2000, a internet sem fio começou a cair no gosto popular. E, hoje, sem fios, cabos, ou plugues, todos podem em qualquer lugar adentrar no fabuloso universo da realidade virtual.

A fórmula para esta nova facilidade da era moderna é até simples. Os pontos de acesso (ou no jargão tecnológico, hotspots) são ligados por um cabo a um aparelho chamado roteador, que por sua vez está conectado à internet.  E, “os microcomputadores por meio de uma antena se comunicam com esse ponto central”, explica Teresa Cristina Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica. Toda esta comunicação é feita via rádio freqüência.

No entanto, a diretora salienta que ainda há alguns obstáculos para uma perfeita conexão. “Na minha casa, por exemplo, tenho um ponto de acesso à internet Wi-Fi no escritório. Mas, entre este cômodo e a sala tem um elevador. Quando estou na sala, não consigo acessar a internet”, aponta. Ela ainda enumera que fornos de microondas, telefones sem fio e, até, paredes podem interferir na conexão.


 

 

 

Foto crédito: Francisco Emolo
Sérgio Rodrigo de Almeida, que é usuário do sistema, explica que se a rede for aberta há riscos de outras pessoas acessarem seus dados pessoais


Usuário da tecnologia Wi-Fi há 4 anos, o designer e desenvolvedor de softwares do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica da USP Sérgio Rodrigo de Almeida não experimenta estes problemas em sua casa. Lá a rede é tão boa, que em alguns cômodos da casa vizinha é possível receber o sinal. Isso porque o roteador que Almeida adquiriu recentemente “procura” uma freqüência livre para fazer a conexão. Assim, não há interferências.

Apesar de enumerar diversas vantagens da rede sem fio, como mobilidade e facilidade para compartilhar a internet, Almeida explica que é preciso tomar algumas precauções. “Se a rede for aberta, outra pessoa pode utilizar a sua conexão e dessa forma a rede fica mais lenta”, aponta. Pior: “Outros usuários mal-intencionados podem ter acesso a todos os seus dados”. E, assim, roubar senhas de bancos, entre outros. Não por acaso uma das principais preocupações da equipe do USPnet Sem Fio é a segurança da rede.

De acordo com Teresa, cada ponto de acesso tem o alcance de cerca de cem metros. Portanto, prédios maiores precisam de outros hotspots. Por exemplo, da sala da diretora até a entrada do CCE há uma distância de mais de cem metros. Por isso, “no meio do caminho há um outro ponto de acesso”, aponta Teresa. Nesta linha, os equipamentos que estiverem conectados à internet em um ponto, automaticamente podem se conectar ao outro.

Nesta linha, a diretora vislumbra que a tendência para as novas tecnologias é integrar a interface sem fio do celular com a da internet. Desta forma, “quando o celular detectar uma rede Wi-Fi, irá se conectar ao sistema e as ligações ficarão mais baratas”, prevê.

 

 
 
 
 
 
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