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Que eu me recorde, a coisa toda principiou na virada dos 70, começo dos 80. O Santo Graal e o rei Artur começaram a receber atenção que não se imaginava pouco tempo antes. Na Espanha, uma casa editorial, a Siruela, surgia bancando títulos da chamada "Matéria de Bretanha" com enorme sucesso comercial. Um filme de Spielberg – sempre Spielberg –, Os Caçadores da Arca Perdida, levava um imenso público ao cinema e um golpe de misericórdia foi dado quando O Nome da Rosa de Umberto Eco se tornou um mega best-seller mundo afora – esquecer ainda o fenômeno Marion Zimmer Bradley e suas Brumas de Avalon seria burrice. É possível dizer que o que entendemos hoje por new age tenha começado ali, na confluência destes temas e veículos da cultura. De lá para cá o que houve foi uma tremenda ampliação no espectro do que trabalhamos neste dossiê "Magia". Seria possível dizer que uma característica constante do ser humano ao longo do tempo sempre foi possuir uma "queda" pelo maravilhoso e, neste instante em que batemos à porta do ano 2000, a procura, o interesse pelas formas alternativas de saber é um fato – deixando um pouco à margem a noção ortodoxa de saber. Parece que as pessoas, apesar de estarem vivendo uma possibilidade histórica única, a de terem acesso aos mais diferentes aspectos do mundo da razão, simplesmente estão insatisfeitas com ele e sentem falta de alguma coisa que as complete de um ponto de vista que muito bem pode ser definido como "subjetivo", sem termos com isso qualquer motivo de riso. Não, isso não é brincadeira, e o dossiê "Magia", deste nosso nº. 31, é uma prova eficiente e inteligente do que se afirma. Seja qual for a posição do leitor a respeito do tema, o fato gritante é que não é possível em sã consciência, neste 1996, deixar de levar em conta o que se publica e move um sem-número de pesquisas, e pesquisadores, Brasil afora – afinal, esta é a terra onde todas as vertentes religiosas se cruzam. Em segundo lugar, pelo fato de que esta é a primeira tentativa universitária multidisciplinar de se estudar com seriedade um fenômeno social/religioso/cultural etc., visto até há pouco com "salto alto" dentro da academia. O produto final está muito longe tanto de qualquer banalidade, quanto de leviandade. Esperamos que o leitor o aprecie tanto quanto nós, aqui da redação. Um agradecimento especial da revista a Maria Lúcia Montes, pelas inúmeras sugestões – tanto de nomes quanto de temas. Sem ela, este dossiê não seria o mesmo.

O EDITOR

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Que eu me recorde, a coisa toda principiou na virada dos 70, começo dos 80. O Santo Graal e o rei Artur começaram a receber atenção... (leia na íntegra)

 

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