texto: Circe Bonatelli
Fotos: Cecília Bastos

Crédito: Cecília Bastos
Atividade física para 3ª idade no CEPEUSP
Crédito: Cecília Bastos

 

 

 

 

Impedir o envelhecimento é um dos milagres que a ciência ainda não conseguiu alcançar. Nem precisa. Com o corpo e a mente saudáveis, a qualidade de vida se mantém e a terceira idade não se transforma em um fardo. As principais doenças relacionadas à velhice – problemas cardíacos, osteoporose, diabetes, derrame, câncer e depressão – são decorrentes de predisposição genética (inevitável) e fatores de risco que podemos controlar desde já: obesidade e sedentarismo. Por isso, se quiser distância dos muitos remédios destinados a idosos, há uma dica simples: atividade física desde já.

Enquanto o consumo excessivo de álcool e tabaco são presentes em 7% e 38% da população, respectivamente, o sedentarismo atinge 70%. “A falta de exercícios é considerada fator de risco porque desenvolve doenças crônico-degenerativas prevalecentes na faixa dos 60 anos”, afirma Suely dos Santos, professora da EEFE (Escola de Educação Física e Esporte). Isso explica como os hábitos de uma vida inteira interferem diretamente na saúde do idoso.

A primeira relação entre atividade física e saúde aconteceu na década de 50, quando pesquisadores ingleses notaram diferença nos organismos de motoristas e cobradores de ônibus. Enquanto um permanecia sentado durante todo o trabalho, o outro caminhava pelo corredor e subia as escadas do veículo para cobrar passagem. Ao analisar o perfil lipídico (colesterol e triglicérides) de ambos, o cobrador era dono dos melhores índices.

Crédito: Cecília Bastos
Cansaço ao caminhar, subir escadas e levantar peso. Sedentarismo e obesidade imobilizam aos poucos. “Não sei identificar um adolescente parado de um ativo. Já aos 60 anos, essa diferença fica evidente.” – Professora Suely dos Santos

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