texto: Cinderela Caldeira


 

 

 

Alimentação das creches da Coseas foi tema de pesquisa

Pesquisa de mestrado feita por Isa Maria de Gouveia Jorge, na Faculdade de Saúde Pública, avaliou as preferências e o grau de aceitação dos alimentos pelas crianças que freqüentam as creches da Universidade, vinculadas à Coordenadoria de Assistência Social (Coseas).

Para realização do estudo, participaram crianças da creche Central, Oeste e Carochinha, localizada no campus de Ribeirão Preto, e foram investigados o padrão de consumo de alimentos em casa e as preferências alimentares de acordo com o peso corporal, além do estilo de vida das crianças em casa e na creche. A avaliação foi em 247 crianças, com idade entre 4 a 6 anos. Desse total 124 foram selecionadas para participar da pesquisa sendo que 62 estavam com excesso de peso para a idade, e 62 com peso adequado.

Independentemente do peso, os resultados mostraram que a batata frita foi o alimento preferido, e entre os mais aceitos estão pizza, salgadinhos tipo chips, chocolate, bala, bolacha recheada, lingüiça, salsicha, refrigerante, suco artificial, iogurte, leite, frango e algumas frutas como morango, melancia e uva. A Divisão de Creches da Coseas oferece às crianças, diariamente, frutas e hortaliças, controlando o consumo de produtos industrializados, sal, gorduras e açúcares.

O resultado da pesquisa mostrou que as crianças avaliadas apresentam em casa um padrão de consumo habitual de frutas e verduras, e não consomem bolachas recheadas. A oferta diária de hortaliças e frutas in natura como sobremesa e suco, e o fato de não ser oferecidas bolachas recheadas, pelas creches da Coseas, podem estar contribuindo para a formação de hábitos saudáveis na alimentação dos freqüentadores das creches. Quanto ao estilo de vida, a pesquisa detectou que durante o convívio familiar as crianças brincam em casa e suas atividades são mais sedentárias. Nas creches elas brincam mais e têm um ambiente favorável à atividade física e ao movimento

Segundo a pesquisadora, essa preferência por alimentos ricos em gorduras ou açúcares não é de estranhar. “Infelizmente esses alimentos são introduzidos pela família precocemente na alimentação infantil.” Isa afirma que proteger as crianças do contato precoce com alimentos pouco saudáveis e favorecer a formação de bons hábitos alimentares em um ambiente que estimule um desenvolvimento adequado é tarefa tanto dos pais como de educadores e profissionais de saúde.

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