“O mérito
de um professor é saber
se comunicar.” |
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O tema presente em
seu mestrado e doutorado é o
estudo da seleção de pragas
que se mostram resistentes ao uso de inseticida.
Isso diz respeito ao meio agrícola
e às pestes domésticas como
a barata, por exemplo, que conseguem sobreviver
ao uso de venenos. Omoto foi criado em Londrina,
município ao norte do Paraná,
onde a família de imigrantes japoneses
cultivava café. “Eu vi de perto as
dificuldades dos meus pais e tios para enfrentar
insetos que atacavam a produção.”
A área de atuação do
professor está diretamente relacionada
a questões econômicas e, principalmente,
ambientais. Por esse motivo, foi indicado
pela USP para participar da Comissão
Nacional Técnica de Biossegurança,
a CNTBio. Aprovado pelo Ministério
de Ciência e Tecnologia, o professor
fez parte do comitê entre 2003 e 2005. “O
grande mérito nesse caso foi participar
de decisões que carregavam alto peso
ideológico, mas utilizar apenas critérios
científicos para discernir sobre cada
um.” Ele se refere a situações
como o estudo de plantas transgênicas,
alvo constante de polêmicas. “Existem
assuntos que precisam ser mais explicados
para a população ter possibilidade
de entender os benefícios e os possíveis
riscos.”
Em meio a pilhas de envelopes com trabalhos
para estudar (alguns envelopes ainda fechados),
Omoto conta seus planos para o futuro: busca
um pós-doutorado no exterior e uma
vaga de professor titular na Universidade. “Eu
me divirto muito, adoro dar aula. A cada
ano, vamos ficando velhos, enquanto os alunos
permanecem com a mesma faixa de idade. E
nós precisamos falar a mesma língua.
Aí, quando os estudantes ficam na
classe mesmo depois da aula encerrada, é algo
muito gratificante pra mim.” |