Ano novo, diploma novo

 

 

Créditos: Francisco Emolo
“Centralização sem criar mais burocracia”, sugere o professor Agopyan.

 

Combate fraudes e burocracia

A professora Sandra Nitrini é vice-diretora da FFLCH, unidade que mais expede diplomas na USP: cerca de 1.650 por ano, somando graduação e pós-graduação. “Assinar tudo isso é uma tarefa insana. Leva dias”, aponta.

Apesar de o novo diploma evidenciar a integração e o combate às falsificações, talvez o maior dos benefícios, na prática, seja a eliminação de processos burocráticos que ocupam excessivamente os funcionários da Universidade, como o exemplo mencionado na FFLCH.

O berço do projeto é a Escola Politécnica, onde o então diretor Vahan Agopyan (hoje diretor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, IPT) e um grupo de professores sugeriram alterações no diploma da própria unidade ainda em 2005. A idéia inicial procurava valorizar o modelo, mas também simplificar a sua emissão. “Falamos em centralização sem criar mais burocracia”, relembra o professor Agopyan.

Há dois anos, um diploma da Poli passava por cerca de 140 etapas desde o requerimento do formando até o seu recebimento. “Na Seção de Alunos tramitava umas sete, oito vezes. Na revisão de histórico, ia e voltava umas três vezes. Eram coisas desnecessárias”, conta.

Uma vez superados esses entraves, o ganho da Universidade com liberação dos funcionários para outras tarefas assume dimensões maiores do que o combate às falsificações de diploma. A USP não tem uma estimativa sobre a quantidade de fraudes, mas afirma ser comum o telefonema de instituições internacionais, buscando confirmação sobre a legitimidade de um documento. “Perto do número de diplomas expedidos a cada ano, acredito que as farsas devem ser um número pequeno”, avalia Agopyan.

Na visão do professor Francisco Homem de Melo, responsável pelo design do novo modelo, os mecanismos gráficos anti fraude não merecem excesso de preocupação. “O diploma não é papel-moeda. Se houver dúvida quanto à veracidade, basta consultar a USP. Esta sim, deve ter um banco de dados bem montado.”

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