Ano novo, diploma novo

 


 

Dá outra impressão

Ao padronizar o documento, a iniciativa substitui modelos tão tradicionais que até antecedem a própria USP. Esse é o caso da Faculdade de Direito, que graduou a primeira turma em 1832. Foram 102 anos antes da USP ser fundada.

Para o professor João Grandino Rodas, diretor da FD, a tradição não é mais valiosa do que a credibilidade. “Claro que a tradição é significativa, mas tem outras questões mais importantes como o fato de todas as unidades serem parte de uma instituição maior. Por isso, eu aprovo medidas que se preocupem com a segurança do documento sem descaracterizar a Faculdade de Direito e o conjunto da Universidade”, diz Rodas.

Segundo o responsável pelo projeto gráfico do diploma, o professor da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) Francisco Inácio Homem de Melo, não é possível realizar mudanças gráficas pensando apenas na estética e na segurança, é preciso levar em conta o peso das tradições.

Enquanto na USP Leste, a EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) não chegou a emitir nenhum diploma, pois foi inaugurada em 2005, a Faculdade de Direito vai diplomar pela 175ª vez no fim do ano.

Créditos: Francisco Emolo
“O novo diploma é mais profissional e inovador”, diz a professora Maria Fidela

 

 

 

“Procuramos dar ao diploma a sua dimensão real: ao mesmo tempo, é necessário traduzir o peso simbólico da tradição das unidades e contextualizar uma universidade que não pára no tempo”, explica o professor da FAU. “A maioria dos diplomas ainda tinha os moldes do século 19”, completa.

No caso de algum formando insistir em decorar a parede com o antigo diploma de sua faculdade, deve ser disponibilizada uma segunda opção. “Ainda não está confirmado, mas foi mencionada uma via que pode ser feita nos moldes da unidade para o aluno que a solicitar. Porém, ela só vai servir de recordação ou enfeite mesmo. O único documento com valor oficial será o diploma-padrão”, adianta a assistente acadêmica da Esalq, Márcia Maria Silveira. A funcionária participou da reunião que a secretária-geral da USP Maria Fidela fez com os diretores em cada unidade para discutir o projeto.

De acordo com a professora Fidela, a reunião serviu para levantar opiniões e questionamentos sobre o assunto. O bom sinal é que “todas as unidades da USP, através de seus diretores, se manifestaram favoravelmente”, garante.

 

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