texto: Circe Bonatelli
fotos: Cecília Bastos e Francisco Emolo

 

 

 

 

 

 

© Francisco Emolo
“Na rodovia Fernão Dias, é comum ter quedas de barreiras e o motorista ficar preso por horas. Com a redução da velocidade, o tempo parado diminui”, sugere Godoy, pesquisador da Poli.


Chega de stop and go! Uma pesquisa da Escola Politécnica (Poli) pretende diluir o congestionamento nas estradas. Foi desenvolvido um software que controla a velocidade e o fluxo de veículos, evitando a concentração nos pontos de afunilamento. O objetivo é evitar ao máximo a lentidão e as indesejáveis paradas durante uma viagem.

O responsável pelo projeto é o engenheiro eletricista José Roberto Godoy, doutorando sob orientação do professor Plínio Castrucci, aposentado da Poli. Godoy trabalhou com um programa chamado Arena, que já era aplicado em vários países para simulações de linhas de montagem e outros processos produtivos. A tarefa do pesquisador foi adaptá-lo a simulações de tráfego.

À medida que aumenta a concentração nos pontos de gargalo das estradas, o fluxo de veículos diminui porque eles não têm vazão. A proposta do doutorando é fazer o cálculo imediato do trânsito nessas situações e estabelecer uma velocidade menor para os outros carros que estão a alguns quilômetros antes do gargalo, evitando que eles fiquem presos na turma dos parados.

“Para fazer a medição do fluxo na estrada, nós podemos usar sensores de piso nos potenciais pontos de problema e a 20 ou 30 quilômetros de distância deles”, explica Godoy. “Com um algoritmo matemático já estabelecido, os sensores vão encontrar a velocidade otimizada para os veículos que estão se aproximando. E, através de painéis eletrônicos ao longo da estrada, será sugerida a redução da velocidade.”

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