Respirar aliviado

 

 

© Cecília Bastos
Adriano Braga (acima) vai sempre para Peruíbe, e Carlos Nascimento (abaixo) viaja duas vezes por ano. “Em feriados, a volta é triste”, diz Nascimento.

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Os pontos de gargalo são aqueles com grande concentração de veículos, como encontro de rodovias, chegada à cidade ou estreitamento da pista por acidentes e reparos.


Devagar e sempre

O tempo de parada deve ser cortado em aproximadamente 30%, mas a duração da viagem aumenta com uma velocidade menor dos carros. No entanto, Godoy aposta no bem-estar do resultado final.

“Diminuir a velocidade é menos estressante para o motorista do que o stop and go, ter que parar toda hora. E também é menos desgastante para os freios e câmbio do carro, além de economizar gasolina.”

O funcionário do Instituto de Química Adriano dos Santos Braga viaja com freqüência e diz ter aprovado a idéia. “Não me importo em levar mais tempo, o importante é chegar bem.” Quando Braga quer fugir dos congestionamentos na volta do litoral, ele usa o recurso comum de quem saiu da cidade em feriados: viajar em horários alternativos ou retornar antes.

Esse é o mesmo apelo de Carlos José do Nascimento, funcionário da Escola de Educação Física e Esporte. “A volta, quando estamos chegando a São Paulo, é sempre triste”, diz. “Quando se viaja, ninguém quer parar. Com certeza eu prefiro andar a até 50 ou 60 km/h a ter que parar na estrada. Mas também acho isso relativo, depende da pressa de cada um”, acrescenta.

Na prática

Por enquanto os resultados do software Arena aplicados a auto-estradas são visíveis apenas em simulações. O pesquisador só tem notícia de casos semelhantes em Londres, Inglaterra. No Brasil, a iniciativa é inédita e vai entrar em negociação com as concessionárias de rodovias paulistas nos próximos meses.

“O software está pronto e pode ser aplicado após alguns estudos mais profundos na rodovia interessada. Estamos na fase de divulgação do programa”, afirma.

Segundo os estudos feitos na Escola Politécnica, é certo que o Arena vai ser usado mais em estradas. Para as ruas da cidade, é mais adequado o chamado semáforo inteligente, que controla o verde em função do fluxo em espaços menores.

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