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Jornalistas são
as maiores vítimas e culpados pelas cópias
Só neste ano,
em todo o Estado de São Paulo, existem 30 processos
em andamento contra jornais, revistas e sites acusados
de cometer a reprodução não autorizada
ou o plágio de conteúdo. E quem mais
sofre com isso são justamente os colegas de
trabalho, outros jornalistas que tiveram sua obra surrupiada.
Os casos mais comuns são textos, fotografias,
ilustrações, projetos gráficos
e cartuns reproduzidos em veículos comerciais
sem autorização ou sem mencionar o nome
do autor. Logo em seguida aparecem as fotografias das
quais se recorta um pedaço para que dê a
impressão de ser uma outra imagem na republicação.
Já o material utilizado para lições
escolares, blogs pessoais e outros usos domésticos
não contam como transgressão.
“A internet é um espaço que oscila entre
o anárquico e o democrático, mas não
deixa de ser também um veículo comercial”,
explica Paulo Canabrava, presidente da Associação
Brasileira para Proteção da Propriedade
Intelectual dos Jornalistas, Apijor. A ONG é filiada
ao Sindicato dos Jornalistas e foi criada há sete
anos para proteger e divulgar os direitos autorais. “Eu
vejo uma ausência total de ética e falta
de consciência da categoria, que não conhece
os direitos seus nem dos outros. Por isso temos fiscalizado
a produção dos nossos associados e corremos
atrás quando existe uma violação.”
Os veículos que violarem direitos autorais
estão sujeitos a pagar o ressarcimento pelo
conteúdo, segundo tabela de preços do
Sindicato dos Jornalistas, e indenização
moral. |