Assista ao video do seminário em que especialistas e descendentes discutiram o conteúdo do livro.
Pioneirismo Empresarial no Brasil e a Construção do Século XXI
Terceiro Volume
O terceiro volume da série Pioneiros & Empreendedores focaliza empresários das regióes nordeste, norte e sudeste.
Os Lundgren - Herman Lundgren, juntamente com os filhos Arthur e Frederico, fundou em Pernambuco a dinastia de empreendedores responsáveis pelas Casas Pernambucanas, sinônimo de indústria e comércio de tecidos populares em todas as regióes do Brasil.
Luiz Tarquínio - Filho de ex-escrava, mal frequentou a escola. Sua carreira, de menino varredor de loja a grande industrial, é exemplo acabado do mérito vencendo obstáculos. Além de fundador, em 1891, de uma das maiores tecelagens do Brasil, criou naquele mesmo ano a primeira grande Vila Operária do país, antecedendo experiências como a de Jorge Street em São Paulo ou a de Delmiro Gouveia em Alagoas, ambas iniciadas em 1911. Foi um dos primeiros a introduzir benefícios trabalhistas como a licença maternidade.
Delmiro Gouveia - Considerado o mais inovador dos empresários nordestinos de seu tempo, tanto no aporte de tecnologias quanto na gestão de recursos humanos. Conhecido como o rei do comércio de couros, instalou em Pedra uma grande fábrica e deu vida nova ao povoado. Nasceu em 1863 e morreu, em circunstâncias misteriosas, com apenas 54 anos. Foi grande construtor imobiliário e de estradas, agricultor esclarecido e responsável pela instalação da primeiro hidrelétrica do rio São Francisco. Levou água, energia, empregos e novas possibilidades a uma região antes desolada, distante 400 km de Maceió e 460 km de Recife.
Bernardo Mascarenhas - Teve uma vida breve - nascido em 1847, faleceu em 1899, aos 52 anos -, mas extremamente produtiva. Havia apenas alcançado a maioridade quando idealizou, construiu e colocou em funcionamento a Tecidos Cedro, em Tabuleiro Grande, atual Paraopeba, junto ao rio das Velhas. Apesar do isolamento do lugar na época, o empreendimento tornou-se um sucesso. Pioneiro e empreendedor durante toda a vida, montou as hidrelétricas que iluminaram Juiz de Fora e Belo Horizonte e forneceram energia para as indústrias que ele e muitos outros fundariam no Estado de Minas Gerais.
Samuel Isaac Benchimol - Na tradição de Roberto Simonsen, Benchimol é um exemplo de que um grande empresário pode ser também um grande intelectual. Além de professor emérito da Universidade do Amazonas, onde lecionou por mais de meio século, foi o fundador do Bemol/Fogás, que inclui desde empresas voltadas para o comércio exterior e a distribuição de gás de cozinha até lojas de departamento.
Edson Queiroz - Empresário cearense, é outro exemplo de empreendedor que atuou na educação e no mundo dos negócios. Ao falecer em um acidente aéreo, em 1982, controlava 24 empresas, que empregavam 10.312 trabalhadores, entre eles 470 professores e 485 funcionários da Universidade de Fortaleza (Unifor). Era dono do Sistema Verdes Mares de jornais, rádio e televisão. Na base de tudo estava seu negócio de distribuição de GLP, atividade em que se destacou como grande pioneiro no nordeste.
Augusto Trajano de Azevedo Antunes - Responsável pelo primeiro projeto de grande porte bem-sucedido na Amazônia desde o fim do ciclo da borracha, no início do século XX: a mineração de manganês na Serra do Navio, no Amapá. Dedicou-se igualmente à exploração do ferro em Minas Gerais, além de desenvolver vastos empreendimentos relacionados à agroindústria, ao papel e à siderurgia. Uma das singularidades da carreira de Antunes foi associar-se a grandes empresas estrangeiras, sobretudo norte-americanas e japonesas, mantendo o controle dos empreendimentos, algo considerado impossível por muitos.
Roberto Marinho - Outra figura exemplar. Em 1965, aos 61 anos, faixa etária em que tantos brasileiros estão se aposentando, criou a TV Globo do Rio de Janeiro, núcleo inicial de uma rede que, quatro décadas mais tarde iria cobrir 99,84% dos 5043 municípios brasileiros. No início de 2005, suas 113 emissoras, entre geradoras e afiliadas, dominavam 74% da audiência no horário nobre. Suas novelas e programas encantavam 60 milhóes de telespectadores brasileiros e outros 70 milhóes espalhados por 130 países. Era proprietário também do jornal O Globo, o segundo em circulação no país, e da cadeia de rádios Globo. Dono de uma fortuna pessoal que, no momento de sua morte, em 6 de agosto de 2003, era estimada 1 bilhão de dólares, Roberto Marinho foi o empresário mais influente do país.
Resenhas
A historiografia econômica e empresarial brasileira
Resenha de José Matias Pereira
Brasil, país de pioneiros e empreendedores... esses desconhecidos!
Entrevista publicada na Revista Inovação Unicamp
A História do desenvolvimento
Resenha de José Sebastião Witter
Os Personagens
Delmiro Gouveia
Alagoas/Pernambuco
Herman Lundgren
Pernambuco
Edson de Queiroz
Ceará
Luiz Tarquinio
Bahia
Azevedo Antunes
Amapá
Samuel Benchimol
Amazonas
Roberto Marinho
Rio de Janeiro
Bernardo Mascarenhas
Minas Gerais