CIDADES SEM PULMÕES: DO RACISMO AO AMOR

Por Felipe Chibás Ortiz.

Publicado originalmente pela UNESCO em 01 de junho de 2020, às 16h25.

Dedicado a G.Floyd e publicado em: https://en.unesco.org/news/experts-south-africa-and-brazil-speak-media-and-information-literacy-against-racial.

A luz da dúvida
acende uma sopa fervente de palavras.
Estamos perdidos em uma noite de palhaços.

Um poema de Mandela
escrito com sangue durante 28 anos
pode responder a queima-roupa
nas mãos sem unhas
de que mantêm os 8 minutos, horas, anos ou décadas paralelas
do joelho que aprisiona o puma preto.
Está tentando respirar
em uma cidade sem pulmões.

Eles implodiram cristais
em um bairro do nunca.
Um grito pode inspirar um filme
e um vídeo caseiro mudar a história.

Minha religião favorita é tua música,
mas essa miragem que nasceu
quando você disse “Eu tenho um sonho”,
ainda é um sonho impossível?
Estamos tentando respirar
em uma cidade sem pulmões.
O espelho dessa pandemia é terrível.

Mas a mudança pode vir,
através de todos,
com amor!
Vamos amar!

 

O poema foi originalmente publicado (em inglês), por meio de uma entrevista à repórter Rachel Fischer, da UNESCO, intitulado “NOTÍCIAS: EDUCAÇÃO PARA UMACIDADANIA GLOBAL”. O conteúdo completo pode ser consultado no seguinte endereço: https://en.unesco.org/news/media-and-information-literacy-against-racial-discrimination-experts-south-africa-and-brazil. A tradução foi encaminhada pelo autor com exclusividade para a publicação em ALTERJOR.