Por Wilton Garcia.
wiltongarcia.com.br.
Quando se trata de traduzir um fato em notícia, a noção de jornalismo impera como valor único, singular, peculiar. Isso enfoca as recentes mudanças, bem como o novo, a novidade. Por certo, essa passagem em escala pontual – fato-notícia – evoca uma mediação complexa como a ponte que (inter)liga dois hemisférios distintos. Tal mediação apresenta – em formato de enunciação – a extensão de determinada situação.
Nesse sentido, a lógica da comunicação, cada vez mais tecnológica, atinge a interatividade em que todos/as participam vorazmente. O que pede atenção aos mecanismos discursivos e suas avançadas estratégias para não evidenciar manipulações descabíveis.
Na medida em que situações conflitantes surgem no mercado, na sociedade, na vida, o jornalismo tem o papel fundamental de esclarecer os fatos, através da apuração que dissemina a notícia. A solução de um conflito pode vir de uma notícia objetiva dinamizando resolução.
A ideia de cotidianamente estabelecer uma comunicação direta e franca com público, leitor/a ou ouvinte, (re)considera o que aconteceu e como se desenvolve um relato editorial, partindo da orientação jornalística. Por isso, ainda é possível se valer da máxima, na frase de efeito, como rótulo: não há nada mais ultrapassado que o jornal de ontem.
Portanto, as atribuições de qualquer jornalista não são poucas para nossa sociedade, mas o desejo íntimo de elevar a qualidade do que deve ser exposto traz para o profissional da comunicação uma sabedoria específica que distingue os referentes da informação. A experiência social destaca a forma de abordagem, em que se pressupõe as melhores escolhas e decisões para se averiguar as articulações enunciativas dos eventos/acontecimentos.
A sociedade precisa estar ciente do que ocorre na comunidade, na cidade, no estado, no país e no mundo. Não importa a esfera geográfica, a notícia deve chegar para amparar as recorrências intersubjetivas sobre os fatos. A produção de conhecimento pode surgir de uma notícia bem elaborada.
Ou seja, comemorar o Dia Nacional do Jornalista, 07 de abril, significativamente fortalece o estado democrático de direito, no Brasil, tão necessário nos dias atuais. A história de Líbero Badaró ajuda a compreender a necessidade de lutarmos pela justiça com o uso apropriado de uma informação com qualidade. Sem dúvida, a imprensa livre contribui para o desenvolvimento humano, para além dos interesses do capital, almejando novos valores.
Nesse caso, vai aqui nossa singela homenagem aos colegas jornalistas do país e do mundo. São profissionais de comunicação e mídia que transferem sua paixão auspiciosa aos valores humanos.
Wilton Garcia é artista visual, Doutor em Comunicação pela USP, Pós-Doutor em Multimeios pela Unicamp e Professor da Fatec Itaquaquecetuba/SP