O objetivo do artigo é abordar a maneira como se deu a recepção crítica das obras de Graciliano Ramos e Guimarães Rosa nos rodapés que Wilson Martins e Franklin de Oliveira mantinham, sob a condição de crítico titular, respectivamente nos jornais O Estado de S. Paulo (de São Paulo) e Correio da Manhã (do Rio de Janeiro).
O objetivo do artigo é discutir os pressupostos teóricos de duas interpretações referenciais do conto rosiano “Meu tio o iauaretê”: a de Haroldo de Campos (“A linguagem do iauaretê”, com primeira publicação em 1962) e a de Walnice Galvão (“O impossível retorno”, com primeira publicação em 1975). Nesse sentido, realizamos primeiramente uma síntese detalhada do conto e dos dois ensaios para, na sequência, examinar e discutir os pressupostos das interpretações.
Considerando que a psicanálise é uma das diversas maneiras de relacionar literatura e sexo, o objetivo do artigo é abordar questões de método quanto à leitura de narrativas ficcionais na crítica de Adélia Meneses. Assim, identificamos e discutimos pontos-chave das principais referências de Meneses para a leitura psicanalítica. O corpus são escritos que vão de Do poder da palavra até Cores de Rosa, englobando textos teóricos e a recepção crítica de Graciliano Ramos e Guimarães Rosa.
O objetivo do artigo é realizar breves considerações sobre a recepção internacional de quatro escritores latino-americanos. Dois hispano-americanos (Jorge Luis Borges e Gabriel García Márquez) em contraste com dois brasileiros (João Guimarães Rosa e Jorge Amado).
Como um mesmo crítico, a partir de sua perspectiva, leu Graciliano Ramos e, depois, Guimarães Rosa? Essa foi a pergunta primordial que motivou todo o andamento da pesquisa. A ela se seguiram outras: quais dificuldades impunham o trânsito entre leituras dos dois escritores brasileiros que talvez sejam os mais complexos prosadores do século XX? Quais os procedimentos de leitura crítica adotados? Quais transformações são perceptíveis na sucessão do ofício da crítica literária? Quais diálogos (declarados, velados, acidentais), para concordância ou discordância de pontos de vista, foram estabelecidos entre as leituras de diferentes críticos? Englobando dificuldades, procedimentos, transformações e diálogos, essas indagações dizem respeito a dois problemas centrais que podemos especificar como tensão entre a escrita dos escritores e a leitura dos críticos e tensão metodológica entre os críticos. Sendo assim, partindo da crítica de rodapé nos anos 1940, selecionamos oito críticos para tratar de tais indagações e problemas: Sérgio Milliet, Alvaro Lins, Franklin de Oliveira, Wilson Martins, Antonio Candido, Alfredo Bosi, Luiz Costa Lima e Adélia Meneses. O estudo comparativo, com foco em oito críticos e dois escritores, permitiu desenvolver abordagens, capítulo a capítulo, com um triplo interesse, ou seja, investigar três problemas principais: condições de recepção, leituras da crítica, questões de método.