A hipótese que procuraremos explicitar, justificar e funda- mentar neste artigo é a de que os escritos de João Guimarães Rosa são tramados por fios filosóficos a tal ponto que, neles, não raramente, os limites entre filosofia e literatura esvaem-se. Seus contos são filosóficos na medida em que sempre dão o que pensar, lançam perguntas e escavam as potencialidades e as profundezas da alma humana, o que o conto "O espelho" reflete paradigmaticamente.