O presente artigo tem por objetivo apresentar a dimensão simbólica do nome próprio, com base nos princípios do mito e da língua, em geral, e da onomástica poética, em particular. Procura ressaltar o modo pelo qual o Nome assume o estatuto de signo no discurso narrativo, em especial nos textos de Tutaméia de Guimarães Rosa.
Consoante com a concepção rosiana do novo gênero literário ao qual Guimarães Rosa nomeou ‘estória’, este artigo investiga aspectos da tradução de três estórias de Primeiras estórias para o inglês, sob a perspectiva das abordagens sistêmicas da tradução – baseadas na lingüística sistêmico-funcional de M.A.K. Halliday (1994) – focalizando, para tal fim, a organização temática dos textos. O sistema de Tema, segundo a gramática sistêmico-funcional, relaciona-se com a organização da informação em cada oração individualmente e, através delas, com a organização do texto como um todo. Assim, as escolhas temáticas e sua articulação ao longo do texto fornecem dados sobre as diferentes estruturas discursivas desenvolvidas por autores e tradutores, as quais são peças fundamentais nas diversas representações construídas nos textos, que alcançam desde o nível oracional até a configuração textual do gênero. A partir da identificação e classificação dos Temas, os dados foram
analisados sistemicamente para reconhecimento de padrões de organização temática predominantes e interpretação das mudanças decorrentes do processo tradutório nesta organização. Os resultados
apontam para uma configuração textual diferenciada nos contos traduzidos, indicando o gênero no qual a obra está inserida no contexto de língua inglesa – o conto (short story), e não a estória –
como sua principal motivação textual.