O presente artigo tem por objetivo apresentar a dimensão simbólica do nome próprio, com base nos princípios do mito e da língua, em geral, e da onomástica poética, em particular. Procura ressaltar o modo pelo qual o Nome assume o estatuto de signo no discurso narrativo, em especial nos textos de Tutaméia de Guimarães Rosa.
Este trabalho examina alguns aspectos da criação ficcional de João Guimarães Rosa, procurando identificar o modo pelo qual o Nome adquire o estatuto de palavra. A partir da análise de alguns escritos do próprio autor, pertencentes ao Arquivo Guimarães Rosa do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo ? IEB/USP, procura-se demonstrar como o escritor trabalha artifícios da língua, utilizando a fórmula poderosa da alquimia da linguagem.