Este trabalho aborda a linguagem de Guimarães Rosa e os seus mecanismos de realização. Interesse dizer que a linguagem do autor não reproduz certo uso sertanejo da língua portuguesa, mas antes se realiza como matéria artística, na medida em que propõe agenciamentos de sentido que se reportam ao universo engendrado pelas narrativas do autor e não a um sertão pretensamente histórico e geográfico. Para demonstrar os mecanismos de funcionamento da linguagem de Rosa analisa-se o conto
Tarantão,meu patrão , do livro Primeiras estórias, de 1962.
O presente artigo trata da questão da personificação dos animais em alguns contos de Clarice Lispector e Guimarães Rosa, analisando a importância e a finalidade desse recurso nas obras, bem como a forma como é explorado. O estudo busca também comparar os textos selecionados, apontar ou identificar as características das fábulas, tendo como base o conceito desse tipo de texto, e verificar se a forma como os autores utilizam essa estratégia influencia o fator de verossimilhança das obras. Além disso, serão abordadas a simbologia de alguns elementos encontrados nas narrativas, sua relação com o enredo e a oposição zoomorfismo X antropomorfismo como fator importante para evidenciar as características psicológicas dos personagens.