Em Grande sertão: veredas, o narrador-protagonista, por meio de um processo de análise sobre questões existenciais perturbadoras, coloca-se em um movimento de ressignificar o passado nas lembranças fragmentadas no presente. Riobaldo, na velhice, tenta compreender o vivido, em meio a uma dúvida, uma insuficiência de sentido que se desdobra em uma busca incessante de resposta. As inquietações do ex-jagunço sustentam-se em um não saber e um lançar-se ao abismo, na experiência-limite, numa tensão constante entre pluralidade e singularidade. Neste trabalho, propõe-se analisar a experiência comunitária de Riobaldo dentro do arcabouço em que a comunidade se constitui como instância dessubstancializada, um território de estranheza, num movimento de permanente ressignificação. Como fundamentação teórica, nos apoiaremos nos referenciais de Georges Bataille, Jean-Luc Nancy, Maurice Blanchot, Giorgio Agamben e Esposito, principais bases para pensar a comunidade moderna na ordem da experiência, da dessubjetivação e do acontecimento.Palavras-chave: Comunidade. Grande sertão: veredas. Experiência. DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i3.3466
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