É bastante usual, em Literatura, uma obra literária retomar algo de outras que a precederam.
Estabelecer um diálogo entre vários textos foi praticamente o que constituiu a condição de existência do texto literário. Não foram poucos os teóricos que se dedicaram a tecer comentários sobre aspectos intertextuais entre os mais diversos autores. No contexto pós-moderno, o ato intertextual parece ter sido levado às últimas consequências, pois se nota que as relações entre determinados textos atingiram um alto grau de evidenciação. Neste trabalho, analisamos as reescrituras do conto roseano Sarapalha, através dos textos de Amador Ribeiro Neto (Caso na Roça), Bernardo Ajzenberg (O Vapor da Pedra) e Geraldo Maciel (Os Primos), reunidos no livro Quartas Histórias, organizado por Rinaldo de Fernandes. Mantendo a estrutura de contos, os autores citados apresentam suas recriações do texto do escritor mineiro, sempre de forma redimensionalizada, ora se aproximando mais do original, ora modificando-o radicalmente, constituindo um ato intertextual paródico.
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