Nosso objetivo é fazer uma leitura do conto "Famigerado", de Guimarães Rosa, a partir do conceito de limiar, conforme Walter Benjamin. Pretendemos articular esse conceito com uma das categorias estéticas mais estudadas na obra de Guimarães Rosa: a ambiguidade. Assim, o espaço de transição em que se dá a narrativa se integra ao corpo ambíguo da linguagem, possibilitando não só a emergência de chistes por parte do jagunço Damásio, como também propiciando ao personagem-narrador uma oportunidade de se equilibrar no limiar da significação. Se o conceito de limiar em Benjamin permite um pensamento por imagem, processo semelhante ocorre na escrita rosiana.
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